terça-feira, 30 de março de 2010

Já fui deixada, dessa vez não acontecerá, não aconteceria mesmo que eu quisesse você sabe que foi diferente desde o começo. Você me fez sentir coisas que eu nunca senti, aprendi a razão das flores, entendi o sentido do beijo e a lógica de ter você do meu lado. Mil mãos ainda vão me tocar, bocas vão me beijar freneticamente me mordendo e tentando me tirar o fôlego, nesse momento respirarei fundo e lembrarei de você... Tentarei fingir, mas suspirarei por você, pensarei em você, sentirei o seu cheiro e me entregarei por completo a esse desvario louco... outros homens me amarão bem mais e melhor, e eu estarei tão longe. Evidente que serei pra sempre sua... Te imaginarei com outras, outras unhas e cabelos, seu perfume usado em vão para mulheres que não merecem nem seu olhar mais vulgar, as beijando, as amando, esquecendo das coisas da gente, se ausentando inebriantemente daqui. Nossas bocas grudadas, nossos corpos suados pela madrugada, a fala entrecortada, a falta de ar... tudo vai ficar. Quero que saiba que não vou me deixar levar, dormirei com vários, de cama em cama, desonrarei teu nome, a cada noite esquecerei um tanto de você. Estuprarei teu nome quando gritar o nome de outro durante o prazer, estarei imponente e altiva quando você voltar... nunca descobrirá que apesar dos pesares serei pra sempre sua. Eternamente sua.

terça-feira, 16 de março de 2010

Toda dia ela acordava com cara de fome, ela não entendia, mas era assim. Fome. Sabe-se lá pq, mas era fome. Acordava, se odiava um pouco no espelho, maldizia a avó por um traço ou outro, quebrava aquele momento com a Elis, nunca entendeu muito das músicas dela, mas de alguma forma aquilo lhe fazia bem.