sábado, 22 de agosto de 2009

Hoje depois de horas de leitura continua... e muita falação... choveu!
Depois de um teste de sanidade e capacidade física, na hora que eu estava indo embora, choveu!
O dia estava claro, o sol muito muito mais atrevido do que de costume, e um calor repressivo eu diria... choveu, estava lento meio como umas plumas. Uma gota ali, outra lá, outra bem pertinho do ali, no final das contas era chuva... Por sorte, tinha que ir para casa como deus quis... e lá fui eu... até feliz.
Com passos lentos para aproveitar cada pedaço daquilo, cada pedaço daquela água tão esperada... meses. A chuva em Brasília é como um filho para o candango, meio prematuro, mas não menos amado. Depois de tantos meses de espera, e muito cansaço, fui andando, e tava vendo que faltava alguma coisa... poxa mas rezei tanto por esse momento... esse nosso encontro... "Que que há dona chuva!?".
Eu, brasília e a Chuva... mas algo faltava. Nenhum pingo tocava meu rosto. Continuei andando o tempo e o sono não me deixavam parar. E foi um longo caminho até em casa, e nenhuma mísera gota d'agua que me tocasse a face. Molhei a roupa inteira, bolsa e tudo mais... mas eu queria mesmo era uma gota sutil, rebelde que viesse no rosto, ao acaso. Não poderia parar e esperar cair, tinha que ser ao acaso, tipo um selamento de um acordo entre eu, o sol e as estrelas que mais tarde apareceriam... mas nada. Nenhuma gota. Aquilo já estava começando a ir contra algumas, muitas, leis da física, mas que seja. Estava cansada demais para questionar as nuvens e brigar com o sol... ao chegar no pilotis do prédio... tropecei. E percebi... não molhei o rosto, pq ele estava o tempo todo olhando para o chão... Fui o muro da minha chuva, o obstáculo... poderia ter olhado pra cima, contemplado meus acordantes, negociado nossas cláusulas mas não. Dura e secamente queria meus direitos, sem nem ao menos encarar o Infinito.
Represei nos cabelos insensíveis, toda água que poderia ter lavado a Maquiagem...
Represei o acontecimento sonhado. Represei meu rebento. Estraguei minha chuva. Eu.








[(...) mas ando mesmo descontente desesperadamente eu grito em português (...) Por força desse destino o tango argentino me cai bem melhor que o Blues. ]

sábado, 8 de agosto de 2009

“Eu gostaria muito de ter o direito, eu também, de ser simples e muito fraca, de ser mulher. (...) Em que ‘mundo deserto’ eu caminho, tão árido, só tendo o óasis de minha auto-estima intermitente. (...) Falo do amor de forma mística, sei o preço. Sou muito inteligente, muito exigente e muito engenhosa para alguém ser capaz de se encarregar completamente de mim. Ninguém me conhece nem me ama completamente. Só tenho a mim.”
“Hoje cedo (…) desejei ardentemente ser a garota que comunga na missa da manhã e tem uma certeza serena… No entanto, não quero acreditar: um ato de fé é o ato mais desesperado que existe e quero que meu desespero pelo menos conserve sua lucidez. Não quero mentir para mim mesma.”

domingo, 2 de agosto de 2009

Sobre aborto, Lulu e meu tio

Hoje, um tio meu voltou para o RJ, ele está acima de qualquer um, me apoiando em relação ao vestibular... ok dito isso e dado a ele seu devido valor - Obrigada tio!- Voltemos a realidade jovemapaixonadaapaixonantedesesperadaerelutadora.
Disse ele em um trecho de nossa última conversa, que amanhã (dia que começa o prevest), é o primeiro dia do meu futuro.
Sim o furor causado em você, foi causado em mim igualmente ou ainda com maior intensidade tendo em vista que sou eu o sujeito desse predicado.
Primeiro dia do meu futuro? Mas ontem o primeiro dia do meu futuro era hoje, e daqui a meia hora serão os primeiros minutos do meu futuro, e agora depois de algumas linhas aqui escritas já é o futuro de quando eu comecei a escrever esse post. Entende?
E se eu não quiser o futuro que terei daqui a meia hora? Ou amanhã, ou daqui a um segundo? Simples é só começar a andar de cabeça pra baixo e com certeza meu futuro não será o que seria de cabeça pra cima.
O futuro não começa agora, simplesmente pq ele já começou e nunca vai começar. E é imutável se você continuar com a cabeça no mesmo lugar que está agora. Tenha consciencia disso. O futuro é sacana e malandro, sendo você o Saramago ou o Cazuza, é um fdp que insiste em não nos ligar no dia seguinte pra avisar que não deu pra ser como a gente sonhava. Na verdade ele nem liga pra gente. Pq ele não é um colega, é nosso filho. Geramos e parimos futuro todo dia, toda hora, todo segundo e cada inspiração, e não esse filho bastardo nada tem a ver com o tio Tempo, como muitos acham. Ele tem a ver com nosso DNA, se a gente bebeu durante a gravidez, se conversamos com ele, ou se nos preparamos ou não para seu nascimento, com a vantagem que se não gostarmos do filho, podemos nos virar de cabeça pra baixo, jogarmos o filho fora, e ter outro sem o menor peso na consciencia com um único porém, não existe babá nem vó para deixarmos esse filho... Por isso, comece o prevest ou não, chute o balde ou não, case-se ou não, morra de amor ou não, aborte se for necessário (!)... e lembra...

TOMA QUE O FUTURO É TEU!








[Eu vejo a vida melhor no futuro eu vejo isso por cima de um muro de hipocrisia que insiste em nos rodear... eu vejo a vida mais clara e farta repleta de toda satisfação que se tem direito do firmamento ao chão. Eu vejo um novo começo de Era com gente fina elegante e sincera com habilidade pra dizer mais sim do que não. Hoje o tempo voa amor, ecorre pelas mãos mesmo sem se sentir, que não tempo volte amor vamos viver tudo que há pra viver.]