domingo, 28 de junho de 2009

Chuveiro de Infinito I


Aos meus amigos...


Há de se pagar pelo infinito que deixo molhar,
isso é certeza constatada pela mais sensível das juízas: a eternidade dos dias
Meu passado de dores, amores, refrescos e botões.
Está tudo lá eternizado com gargalhadas em meio choros incessantes, mas está lá
Invariavlmente lá
Tudo certo, certamente vou pagar.


Todo o resto que houver é resto, é complemento de um show de mim.
Nada importa além dos holofotes, quero as ultimas cenas de novo aqui.
Chuveiro de infinito jorrando aberto em cima de um pobre apanhador de sonhos...


Transborda-se, não cabe em si.
Molha-se, mas sem se fazer sentir
Os momentos que são meus, parecem ter se rebelado contra seu senhor
agora me machucam, me queimam, me sangram o que ainda restou.


Penso ser impermeável, e insisto em ficar lá
deixo aberto, não desisto.
É uma sensação dolorasamente mágica,
tirar dos confins do meu coração partes de sua estrutura.


Quente ou frio, este infinito é vazioescuro.

Mas não há,
não há o que seque
Não há o que me faça sair de lá
Quero cada gota
Cada minuto dos minutos
Quero meus dias de glória
e os dias em que a glória tirou sarro de mim com suas partidas
Quero todos eles, e todos vocês.



Jorram e se a magia permitir jorrarão ideias, sonhos e vidas
Vidas nossas, vidas desse chuveiro mais que minhas
molhando feridas antigas e criando novas
e em meio esse masoquismo, me sinto só.
Me sinto só eu, lavado de tudo que não somos nós, o que não éramos nós.
Purificado e um pouco amargurado
sigo o inopnável destino
de tudo que é coisa de mulher que queria continuar menina
Suplico pela tampa desse ralo cruel, quero no fim dos dias
me afogar com vocês para essa tão doce eternidade, quero que vocês estejam lá
E morrer me deileitando dos meus primeiros dias.

Agradecimento ao verdadeiro dono das idéias estruturais desse poema... Ítalo.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Soundtrack

No mundo das vozes.
Das vozes do não-ser.
a voz da gente se faz maior.
se faz ouvível
se faz acreditável.
se faz humana.
se faz real.
se faz.

Com seus botões
e maquinário engendrado
criaram uma gente plástica, uma gente que sabe ouvir e acreditar e julgar e participar e, e, e, mas não sabe desrespeitar, não sabe criar, não sabe revolucionar.
Com toda a doçura levante e recrie seu real, se coçe, se morde, se cospe, se vira, se destrua, se idealize, se aumente, se esmigalhe, se morra de amor ou de dor, se faça, se viva.
Refaça suas engrenagens e religue suas mãos, aperte até doer, violente tudo isso, se não doer sangre, mas pelo amor de deus recomece essa era.




[Se faz necessária nossa cólera, se faz necessário a vida que leva para assim levar a vida.]

sábado, 20 de junho de 2009

orkutragédiaromantica

3:30 da manha... sem dormir... vc abre a janela, um azul claro completo, toda a página está azul claro... nunca pareceu tão lento, carregando carregando carregando... na espera de esperança... de uns escritos, de uma lembraça deixada lá... nada mt acalmador... é melhor dormir. É rapazes... é a nova agonia romântica do século XXI.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pornopolitica

Não, não preciso mais de diploma para seguir a profissão que eu demorei tipo meses para decidir seguir, como um belo ato do STF, a partir de ontem se não me engano, não é mais necessário o diploma universitário para ser jornalista. Apenas é necessário que este tenha uma boa formação de caráter e moral. Ponto. E foi assim que desvalorizaram o diploma universitário para jornalistas... em nome da liberdade de expressão, o diploma não será mais exigido mas para tal é preciso que tenha "moral" e "caráter", o mais engraçado de tudo isso... é que os rapazes que votaram isso, dia desses estavam a se degladiar com palavras ofensivas de onde apenas, dentro da minha enorme ignorância, entendi e ouvi a seguinte afirmação... " Vossa Excelência não está falando com um dos ses capangas..."
Bom ia dissertar sobre a falta de qualquer gabarito de tais doutores de pararem a pauta de um país para votarem algo tão absurdo, como tirar a necessidade de um diploma, lê-se uma formação básica para as pessoas que vão levar a verdade e as notícias para o povo, mas ao lembrar dessa frase entreouvida em meio acusações e etc me parece desnecessário falar sobre que poder esses homens tem de julgar o que é ou deixa de ser honesto, moral, amoral e um limite para o caráter, talvez queiram mesmo que só analfabetos tentem mostrar suas sujeiras para o povo... afinal ninguém consegue ler impressões digitais.
É mais fácil enganar quem não tem estudo, é mais fácil enganar quem não tem estudo por não ter comida, a falta de diploma não é uma opção para muitos brasileiros, é uma fatalidade. É mais fácil... é assim que se elegem, e assim que estão onde estão, em cima dessa gente que não tem como ter acesso à essa sacanagem nacional.

A digital se apaga, mas a palavra jamais é esquecida e não é assim que vocês calarão a voz da verdade.
Imbecis!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Sobre o tudo


Como se fora um coração postiço

Rubem Braga


Nasceu, na doce Budapeste, um menino com o coração fora do peito. Porém – diz um Dr. Mereje – não foi o primeiro. Em São Paulo, há sete anos, nasceu também uma criança assim. “Tinha o coração fora do peito, como se fora um coração postiço.”

Como se fora um coração postiço... O menino paulista viveu quatro horas. Vamos supor que tenha nascido às cinco horas. Cinco horas! Cinco horas! Um meu amigo, por nome Carlos, diria:

-... a hora em que os bares fecham e todas as vitudes se negam....

Madrugada paulista. Boceja na rua o último cidadão que passou a noite inteira fazendo esforço para ser boêmio. Há uma esperança de bonde em todos os postes. Os sinais das esquinas – vermelhos, amarelos, verdes – verdes, amarelos, vermelhos, borram o ar de amarelo, de verde, de vermelho. Os olhos inquietos da madrugada. Frio. Um homem qualquer, parado por acaso no Viaduto do Chá, contempla lá embaixo umas pobres árvores que ninguém jamais nunca contemplou. Humildes pés de manacá, lá embaixo. Pouquinhas flores roxas e brancas. Humildes manacás, em fila, pequenos, tristes, artificiais. As esquinas piscam. O olho vermelho do sinal sonolento, tonto na cerração, pede um poema que ninguém faz. Apitos lá longe. Passam homens de cara lavada, pobres, com embrulhos de jornais debaixo do braço. Esta velha mulher que vai andando pensa em outras madrugadas. Nasceu, em uma casa distante, em um subúrbio adormecido, um menino com o coração fora do peito. Ainda é noite dentro do quarto fechado, abafado, com a lâmpada acesa, gente suada. Menino do coração fora do peito, você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada.

Seis horas. O coração fora do peito bae docemente. Sete horas – o coração bate... Oito horas – que sol claro, que barulho na rua! - o coração bate...

Nove horas – morreu o menino do coração fora do peito. Fez bem em morrer, menino. O Dr. Mereje resmunga: "Filho de pais alcoólatras e sifilíticos..." Deixe falar o Dr. Mereje. Ele é um médico, você é o menino do coração fora do peito. Está morto. Os "pais alcoólatras e sifilíticos" fazem o enterro banal do anjinho suburbano. Mas que anjinho engraçado! - diz Nossa Senhora da Penha. O anjinho está no céu. Está no limbo, com o coração fora do peito. Os outros anjinhos olham espantados. O que é isso, seu paulista? Mas o menino do coração fora do peito está se rindo. Não responde nada. Podia contar a sua história: "o Dr. Mereje disse que..." - mas não conta. Está rindo, mas está triste. Os anjinhos todos querem saber. Então o menino diz:

- Ora, pinhões! Eu nasci com o coração fora do peito. Queria que ele batesse ao ar livre, ao sol, à chuva. Queria que ele batesse livre, bem na vista de toda a gente, dos homens, das moças. Queria que ele vivesse à luz, ao vento, que batesse a descoberto, fora da prisão, da escuridão do peito. Que batesse como uma rosa que o vento balança...

Os anjinhos todos do limbo perguntaram:

- Mas então, paulistinha do coração fora do peito, pra que é que você foi morrer?

O anjinho respondeu:

- Eu vi que não tinha jeito. Lá embaixo todo mundo carrega o coração dentro do peito. Bem escondido, no escuro, com paletó, colete, camisa, pele, ossos, carne cobrindo. O coração trabalha sem ninguém ver. Se ele ficar fora do peito é logo ferido e morto, não tem defesa.

Os anjinhos todos do limbo estavam com os olhos espantados. O paulistinha foi falando:

- E às vezes, minha gente, tem paletó, colete, camisa, pele, ossos, carne, e no fim disso tudo, lá no fundo do peito, no escuro, não tem nada, não tem coração nenhum. E quando eu nasci, o Dr. Mereje olhou meu coração livre, batendo, feito uma rosa que balança ao vento, e disse, sem saber o que dizia: "parece um coração postiço". Os homens todos, minha gente, são assim como o Dr. Mereje.

Os anjinhos estavam cada vez mais espantados. Pouco depois começaram a brincar de bandido e mocinho de cinema e aí, foi, acabou a história. Porém o menino estava aborrecido, foi dormir. Até agora, ele está dormindo. Deixa o anjinho dormir sono sossegado, Dr. Mereje!


in O conde e o passarinho, Rio de Janeiro: Record, 1982, pp 9-12

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Lágrimas de Chuva

Estagnação na culpa que tenho sobre tudo isso, me condeno por você.
Até onde vai o limite da gente? Vida sem limites não tem cabimento, o problema é entender seus limites. Hoje o único limite são nossos pulsos... por acaso algum dia que chover, sinta a água que escapa pela fresta da janela que você deixo entreaberta...sente o frio? De repente se sente algo, com a água que vem sem pedirmos. Assim como tudo que vem sem nossa permissão. Se dê o direito de limitar o que vem, de fechar a janela... Isso não é se adaptar, nem aceitar o que não é do seu agrado, nem cair no meio comum, é a maior rebeldia possível... estamos nos acustumando a não fechar janelas por medo da chuva nunca mais voltar, aprendamos a saber. A saber que a chuva volta e na próxima você pode ir lá pra fora, talvez ainda não completamente. (use a merda do guarda-chuva) Haverá o momento em que você vai poder se molhar. E vai ser incrível. Mas por enquanto, enquanto ainda sente o frio, e você ainda não é impermeável à dor que achuva pode trazer, feche a janela, essa chuva volta... não a mesma água, mas ela espera você se preparar, se curar da tempestade passada.
Aceite as limitações do seu coração, esse é seu único limite.



"Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
Dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça antes de levar ao forno temperar
Com essência de espirito de porco
Duas xícaras de indiferença
e um tablete e meio de preguiça

eles sabem senhores..."

[capas de chuvas até funcionam mas seus pés ainda molharão, não se engane, apenas fique dentro de casa... seu coração pode não aguentar outro vendaval ainda.]

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Fábula + oso

Bom... existia um lindo pontinho vermelho no meio de um monte de pontinhos pretos, o pobrezinho sofria tanto... os outros achavam ele o máximo,e por isso o invejavam, ele só queria se sentir parte, sofreu, sofreu, tentou, tentou, tentou, até que apodreceu...ficou preto, se perdeu achou que todos eram ele e ele era todos. Acabou morrendo porque na verdade ninguém mais sabia quem era ele, nem ele sabia quem era e na verdade ninguém quer saber.

... e em pensar que todos eram pontos!


"Você, com seus olhos tristes,
não fique desanimado
oh, eu imagino
que é difícil criar coragem
num mundo cheio de gente
você pode perder a visão de tudo,
e a escuridão dentro de você
pode fazê-lo se sentir tão insignificante...

Mas eu posso ver suas cores verdadeiras
brilhando sem parar
Vejo suas cores verdadeiras
e é por isso que eu te amo
então, não tenha medo de deixá-las aparecer
as suas cores verdadeiras
as cores verdadeiras são bonitas
como um arco-íris

Então, dê um sorriso pra mim
não fique triste, não me lembro
quando foi a última vez que eu te vi sorrindo
Se este mundo te deixar louco
e você já não agüentar mais,
ligue pra mim
porque você sabe que estarei ao seu lado

E eu verei suas cores verdadeiras
brilhando sem parar
Vejo suas cores verdadeiras
e é por isso que eu te amo
então, não tenha medo de deixá-las aparecer
as suas cores verdadeiras
as cores verdadeiras são bonitas
como um arco-íris "

{ouça True Colors - Cyndi Lauper}




[show me your true color]


[Enementendoaquiloqueentendoestouinfinitamentemaiordoqueeumesmaenãomealcanço]

terça-feira, 9 de junho de 2009

Mulheres.

Eita Brasil!
Elas acordam, como primeiro pensamento da manhã pedem; oram; rezam; para uma força maior ajudar... põe os pés no chão. Primeira no tapete, segunda no azulejo frio que ela não queria ter comprado a terceira no cimento. Como num filme vão até seus respectivos espelhos mágicos, closet; espelho de corpo inteiro; espelhinho de banheiro, na verdade um caco de espelho e com doces movimentos se arrumam, sempre tão doces... por um instante todas se sentem como numa história, imaginam por um instante não estar ali, o sonho da noite se prolonga um pouco mais e aí as crianças acordam, e por fim elas mesmas terminam de acordar. Café da manhã, brioches com chá; torrada integral com suco; um bom copo de café, crianças na escola... motorista; carro proprio; onibus. E todas elas vão a luta, já nem pensam em feminismo, os sutiãs andam caros para serem queimados por tão pouco, já não contam com o príncipe... desiludidas? Jamais. Até sonham com eles, mas deixa pra noite porque não dá tempo. Escritorio dela; consultório que é sociedade com a amiga; casa da patroa. árdua caminhada até as 18 ou até às 22, rola uma saudade dos filhos... lembram da mãe... "será que ela sonhava isso pra mim?" é unissono. Por um momento todas se cansam de repente, o fardo é duro... desamor; cafajeste do carinha que conheceu pela internet; o aluguel que está vencendo... parece pouco quando é olhado de forma individual, mas põe aí, chefe abusado, carinha que esnoba, filha grávida, vestibular do menor, supermercado pra fazer, contas pra pagar, a vó "você precisava era de um homem", crise mundial, ninguém entende mas elas se preocupam, avião que caiu... lembrar de rezar; orar; rezar pelas vítimas, pegar a Julinha; Ana Marcela; Wellington na escola, autoestima; autoestima; mais dinheiro pra comprar máquina de lavar... entre outras mil atribuições das nossas heroínas. O expediante acaba, chama o motorista; pega o carro; vai pra parada. Uma solidão bate... elas lembram que em casa não tem ninguém... cada filho já tá meio encaminhado, e os que não estão se encaminham na internet e nem olham mesmo... e a solidão fica mais forte e vai ganhando força no caminho de casa, será que sicuta; cortar os pulsos; veneno de rato vai resolver? Não faz mais sentido... Cade o happy end da princesa? Sim toooodas elas eram princesinhas lindas, meninas que se tornaram mulheres num supetão, num tapa do destino, a casca muda mas o resto continua lá, o sonho encantado o principe esperado... tá tudo lá e por vezes dá uma dessas, cisma de doer. Já está encaminhado, pensaram em tudo, as crianças ficam bem com a mamãe; com o pai; com maiinha pensa cada uma delas... o trânsito demora, engarrafamento assim como todo resto, pega limusine e charrete... o cansaço vai batendo, estão chegando em casa, se olham no espelho, e veem que a raiz morena ta nascendo por debaixo dos longos cabelos loiros; a raiz morena ta nascendo por debaixo dos longos cabelos loiros; que o alisamento tá precisando ser refeito a tempos. Até se lembram do lance dos venenos, mais o cansaço é mais forte e como mais um ato heróico decidem terminar o dia, deve ser a tpm... se não for, deixa pra lá. Por favor, o mundo precisa de vocês.


[a;b;c]

domingo, 7 de junho de 2009

Sim... sobre "feelings"!

Quase que estuprando a idéia desse blog... escreverei sobre feelings... sim feelings... não ando querendo falar de sentimentos, anda vandalizado, todo mundo anda se amando e amando o planeta e tudo mais... não faz diferença alguma então... falarei sobre feelings e não sentimentos. Falarei sobre o nós em nós mesmos, ou nossos nós, ou sobre os nós que nos meteram, tentarei falar do coração, da covardia da vida quando vê a gente se virando, ninguém pra culpar é foda... não fomos nós os autores dessa trama e mesmo assim pagamos por ela muito mais do que podemos, muito mais do que temos, e tentamos ao máximo nos adaptar, mas é tudo tão maior. É maior e mais covarde. Somos nós em nós mesmos no fim das contas, não nos bastamos, de forma alguma é o que eu quero passar aqui, mas somos nós que pegamos o trem sempre atrasados pro que já está adiantado tentando reverter o ponteiro e fazer ele girar ao nosso bel prazer... e quando temos o ponteiro nas mãos não sabemos o que fazer com ele, porque o problema não a no ponteiro e sim na mão molhada...
É uma sacanagem, te digo com todas as letras que tenho em mim, eu não merecia, você não merecia, ele não merecia. Ninguém merecia. É uma roda vida que não passa e que olhar pra trás é o mais doloroso e sacana, tá difícil, eu sei.
Tempos bons virão como já vieram e se foram, entenda e quando entender vê se me explica.
No final de cada fase, só me olha e me dá força pra continuar que eu juro tentar te refletir metade só do que você é pro mundo...
És tudo em si.



"Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber.
E a dor é menor do que parece
É impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano.
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço."



[ossevaoéedadrevaednoodnummu]
[omaetue]

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Luto Oficial

Farei uma postagem em tópicos: > Lula disse: "Não sei se alguém está me esperando para discutir negócio de CPI. Esse é um problema dos partidos." Não querido presidente, esperamos sua doce e "divina" presença em respeito pelos irmãos, seus, meus nossos, que morreram no domingo e o senhor se mantém em El Salvador. Esperamos o senhor qualquer horas dessas para ver se governa o país um pouco, de DENTRO dele, assim TALVEZ ( claro só uma hipótese), o snehor possa ter noção dos problemas reais do trabalhador brasileiro... AHHH não me esqueci, o snehor é do partido dos trabalhadores já deve saber tudinho... Viajar é mais importante mesmo. Não se importe! Realmente a CPI que em tese SERIA para encontrar a verdade e defender o patrimônio nacional, deve ser discutida mesmo entre partidos, porque assim, vira uma, mais uma na verdade, disputa de interesses baseada em quem ganhou mais, quem perdeu mais, em quem vai rodar e não na VERDADE... Mas nós o elegemos né!? Lembra!? O senhor falava em amor nacional, justiça, e blablabla... Quando der passa por aqui tá!?

> "Cuba é readimitida na Organização dos Estados Americanos e o EUA não se opõe..." Ah que bom que resolveram abrir o mapa mundi e ver que Cuba FICA na América[uhuuulll! valeeu time!], apesar dos EUA não gostarem muito da idéia[putzz é mesmo!] enquanto estavam bem das pernas, mas agora é outra história...então[Obama] abramamos uma caixa de charutos... CUBANOS!

> Complicado quando não encontram os corpos, ainda mais nesse caso que os corações dos entes amados já estariam, em tese, preparados para um breve afastamento ( viagem, etc), deve-se acordar no meio da noite como depois de um sonho ruim... com vontade de ligar pro protagonista do desastre imaginário e ver que está tudo bem, mas não dá. Ou uma certeza que no fim tudo vai ficar bem, " não... ainda tem chance...". Merda de esperança que dilacerará corações por mais um dia que seja, por mais dias... e depois dizem que o ser humano é fraco! Cada acordar deve estar sendo uma morte seguida de sucessivas mortes... O ser humano renasce, ressucita, renasceremos e ressucitaremos. Nos perdemos, na natureza nada se perde nada se cria tudo se transforma, e nem nos transformamos, somos invencíveis, somos a magia do mundo!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Vendo a lista não oficial dos passageiros do voo que sumiu nesse domingo, vemos as descrições feitas sobres as pessoas... Fulano de Tal administrador de Bulhufas, Ciclaninho regente de ... Fico pensando como é calculado o valor de uma pessoa... eita coisa mais brega pra se escrever... queria fugir desse assunto mas é o que realmente me vem a cabeça... Deviam descrever assim... Fulano de Tal, deixa tres corações e algumas mentes sozinhas... ou melhor que fossem contados como, 10 maridos, 5 pais, 20 mães, a perda é alucinante e não é hora de vermos a parte "administrativa" de suas estadias aqui, e sim lembrar de suas familias, seus amigos, suas músicas favoritas, seu pulover para o frio parisiense, os euros contados um a um para a realização desse sonho, o celular da namorada que não tocou, a torrezinha eiffel que não vai ser trazida para a melhor amiga, o amor do casal que estava em lua de mel, o filho deles que não vai mais nascer, a esperança de tudo se ajeitar num lugar diferente, o medo de avião minutos antes de entrar no voo que acabou com o abaixar das luzes e depois só foi relembrado momentos antes da partida para o outro lado.



e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.


e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.


e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.

e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.


e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.


e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.

e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.



...





[janelamadrugadaluztardiaomedonosacorda]

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Enchente dos olhos.

Postagem apenas de protesto, quando o Irã ativou uma ogiva nuclear mais que rapidamente, em tempo real os satélites americanos sabiam exatamente onde havia sido, a quantidade e etc. Quando você não paga a conta do seu celular, você é achado em qualquer lugar e perde o sinal do celular onde quer que vc esteja, então eles sabem onde você está. Quando o governo secreto americano está atrás de um terrorista, é possível que sigam seus passos, minuto a minuto, vide o filme " Rede de Mentiras" (não deve correr muito longe daquilo não).Quando um avião com centenas de pessoas SOME (?), é de se estranhar... Deixo aqui meu total pesar para com as vítimas e com os parentes das mesmas, me alucino só de imaginar essa dor... Mas que fique para os governantes... a saída para que não se percam mais aviões... (esse é o segundo caso que eu acompanho com meus poucos anos de vida) seria, colocar em cada avião, um homem-bombaatomica terrorista inadimplente?






[Luto para o que ainda não foi constatado é mal agouro Seu Sérgio Cabral!]

Freak Show

Não tem como não comentar a reportagem do Fantástico ontem, na verdade começa a ser indegustável ligar a televisão aos domingos A QUALQUER HORA DO DIA, antes reclamávamos de gugus e faustos que tentavam um interminante estupro mental de cada brasileiro que queria um pouco de diversão barata no seu domingo livre. Hoje venho lembrar o Fantástico de ontem que entre outras "atrações" nos presenteeou com uma belíssima reportagem sobre a venda de menores no estado do Pará. Fabuloso! Ninguém sabia de tais denuncias... Algo tão novo no Brasil não é mesmo? Com sua engendrada máquina jornalistica a rede Globo de televisão provavelmente conseguiu que a policia federal tenha prendido aquela pobre coitada que mal sabe o que são R$ 500,00, e sendo mais eficaz e "mágica" que qualquer tipo de propaganda publicitária, além de confirmar mais uma vez essa informação pela tão afamada Globo internacional para os paises que essa abrange, provavelmente deixou um recado para as outras mães paraenses mortas de fome e sem nenhum tipo de saneamento básico ou sem nenhum tipo de nada: Cobrem mais por suas filhas!


Mas não pensem que acabou... tivemos momentos menos empolgantes mas ainda sim, BRILHANTES!
A DERROTA DE SUSAN BOYLE {2 suspiros}, perae, isso sim é que é matéria no país do futebol, do carnaval, da cpi da petrobrás que ninguém entende (e nem precisam vai entender né, Paty Poeta!?), do Edmar, do castelo, dos problemas sociais.
Tivemos a oportunidade única de vermos a casa dela, fechada e sem ela, em alguma cidade (que mesmo segundos após a entrevista eu me lembrava qual era)e mais, com a apresentação bonita e esbelta de Zeca Camargo, também pudemos nos deleitar vendo a loja onde SUSAN BOYLE {suspiro}
compra presunto! FA-BU-LO-SO!
Para logo após tantas emoções, vermos sua derrota para um grupo de dança de crianças, tudo explicado pela doce voz do Zeca... Ela já tem um nome...!
(só esqueceram de avisar para ela, que hoje se encontra internada por desgaste emocional e fadiga)
{que pena... ela não merecia isso!}











[vítimas da gente]