sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pornopolitica

Não, não preciso mais de diploma para seguir a profissão que eu demorei tipo meses para decidir seguir, como um belo ato do STF, a partir de ontem se não me engano, não é mais necessário o diploma universitário para ser jornalista. Apenas é necessário que este tenha uma boa formação de caráter e moral. Ponto. E foi assim que desvalorizaram o diploma universitário para jornalistas... em nome da liberdade de expressão, o diploma não será mais exigido mas para tal é preciso que tenha "moral" e "caráter", o mais engraçado de tudo isso... é que os rapazes que votaram isso, dia desses estavam a se degladiar com palavras ofensivas de onde apenas, dentro da minha enorme ignorância, entendi e ouvi a seguinte afirmação... " Vossa Excelência não está falando com um dos ses capangas..."
Bom ia dissertar sobre a falta de qualquer gabarito de tais doutores de pararem a pauta de um país para votarem algo tão absurdo, como tirar a necessidade de um diploma, lê-se uma formação básica para as pessoas que vão levar a verdade e as notícias para o povo, mas ao lembrar dessa frase entreouvida em meio acusações e etc me parece desnecessário falar sobre que poder esses homens tem de julgar o que é ou deixa de ser honesto, moral, amoral e um limite para o caráter, talvez queiram mesmo que só analfabetos tentem mostrar suas sujeiras para o povo... afinal ninguém consegue ler impressões digitais.
É mais fácil enganar quem não tem estudo, é mais fácil enganar quem não tem estudo por não ter comida, a falta de diploma não é uma opção para muitos brasileiros, é uma fatalidade. É mais fácil... é assim que se elegem, e assim que estão onde estão, em cima dessa gente que não tem como ter acesso à essa sacanagem nacional.

A digital se apaga, mas a palavra jamais é esquecida e não é assim que vocês calarão a voz da verdade.
Imbecis!

9 comentários:

  1. não entendi o post.
    Mas enfim, registro a aprovação da decisão do STF. Coerente.

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  2. Coerente tudo é dependendo do ponto de vista...
    Matar eh coerente para o assassino, em nome da opnião pública e indo além disso, digo da democracia... tirem a obrigação de se ter diploma para advogar... em tese os cidadãos tem que saber seus direitos e deveres... catem juízes nas bancas de jornal e delegados... sabe-se lá onde!

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  3. Não que eu seja completamente a favor da decisão, mas há uma certa coerência sim. O Brasil é um dos poucos países onde ainda era exigido o diploma para exercer a função de fornalista, além disso, não vejo alguém melhor que um economista para falar de economia, não vejo ninguém melhor que um técnico, jogador ou arbitro para falar de esportes,ninguém melhor para falar de leis do que advogados ou juízes, enfim, em diversas vezes falta conhecimeto específico aos jornalistas para dissertar algo sobre determinado assunto, em decorrência disso somos sujeitos a ler, ouvir e ver reportagens, notícias e artigos medíocres e o pior é ter que aguenta-los como "donos da verdade". Porém assim como falta conhecimentos específicos para os jornalistas, falta para os "especializados" a habilidade de desenvolver e criar maneiras de se comunicar. Assim que vc entrar na faculdade de jornalismo vc poderá observar que muito do que se aprende ali são técnicas, estruturas e maneiras de como se comportar e escrever para os diferentes meios de comunicação(isso só não basta). Discordo no entanto, o fato do Brasil tomar essa decisão apenas agora, que acompanhasse então os outros países que decidiram isso a muito tempo. Acabar agora com o diploma,sim é uma extrema sacanagem!

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  4. Esse seu post caiu no mesmo ostracismo em que está se afundando o tão parcial jornalismo brasileiro. A falta de aprofundamento técnico sobre questões tão delicadas gera exatamente isso. A exigência do diploma no exercício da função do jornalismo foi instituída no Brasil no período da ditadura e lembre-se: todos os professores universitários considerados "comunistas" foram perseguidos, exilados ou assassinados. Óbvio que eles queriam criar uma imprensa condescendente com o governo e o nosso atual jornalismo cegamente neoliberal, que põe Coréia do Norte e Venezuela como inveterados inimigos do mundo (Herr Tio Sam!) são um reflexo claro disso; Os maiores ícones do jornalismo brasileiro (graças a ditadura são os colunistas de hoje) não são formados em comunicação social e ainda assim alguns de seus textos (os mais "alinhados" quem sabe) são estudados em tais cursos. Os poucos países que ainda hoje mantém a obrigatoriedade de um curso para a função de jornalista são egressos de sistemas ditatorias. O curso de comunicação social é ainda sim importante para a formação de editores, coordenadores de seção, etc e me agrada muito ouvir diretamente a opinião de especialistas em relação a determinados assuntos.


    PS: O mundo é feito de pessoas honestas ou não. A frase citada em seu post atribuída ao Ministro Barbosa foi um desabafo de alguém que ainda sonha com a instauração da justiça nesse país e sim, confio em algumas dessas pessoas.

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  5. Também acho um absurdo tal decisão. O jornalismo brasileiro já estava aquem dos outros, agora ... ridículo, insensato, imoral.

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  6. Exato... Hora nenhuma em nenhum lugar desse Brasil foi proibida a publicação de colunas com a de Mírian Leitão por exemplo... economista... as colunas sempre existiram, agora desmerecer o diploma em nome da liberdade de expressão?
    Não encontre nenhuma parte de ostracismo parcial em meu escrito... e sim a revolta de alguem que sonha com a carreira jornalistica e a viu desmerecida por homens corruptos, imorais e incoerentes que para ""mostrar" trabalho em vez de se auto julgarem resolveram sujar o nome dos únicos que tem o poder de expor seus crimes para o povo: o jornalista.

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  7. Você está simplesmente evitando enxergar o óbvio: esse sentimento de desprezo à profissão de jornalista só existe em nosso país porque há 40 anos foi instituída a obrigatoriedade desse curso. Antes disso, tanto aqui quanto no resto do mundo, qualquer um com talento e informação poderia escrever um jornal. O diploma não está sendo desmerecido com a abertura do jornalismo e sim o contrário:
    A profissão de jornalista sofreu um forte golpe com a obrigatoriedade do diploma. A institucionalização dessa atividade não foi alcançada por uma evolução que deu ao jornalismo (nos referimos, claro, ao jornalismo escrito) um curso específico; e sim por uma aberração social que deixou essa marca até os dias de hoje. Não tente relacionar a imoralidade política em nosso país com esse evento ok? Não existe nenhuma relação lógica entre uma provável especialização dos jornais e benefício aos políticos. Lembre-se que tal idéia foi suscitada por um poder que independe de votos.

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  8. Não relacionar imoralidade política com um evento político desse fica realmente complicado. E tenho medo dessa ingenuidade idealizada de que se algo independe de votos está automaticamente apolitizado.

    É por o STF, principal leme do Legislativo e do Executivo, no céu, e todos os [b]outros[/b] políticos na terra. E, de fato, o atual cenário daquele orgão é, no mínimo, fonte de incertezas e dúvidas quanto à índole dos seus membros. Isso para usar bem o eufemismo.

    Agora mais ingenuidade é pensar que a não obrigatoriedade de diploma irá calar alguma coisa. No máximo pode calar alguns reitores enfurecidos que agora sabem que não são o único caminho para se expressar uma opinião ao público.

    Viva os Blogs e seus jornalistas em essência.

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  9. Não relacionar imoralidade política com um evento político desse fica realmente complicado. E tenho medo dessa ingenuidade idealizada de que se algo independe de votos está automaticamente apolitizado.

    Pensar assim é pôr o STF, principal leme do Legislativo e do Executivo, no céu, e todos os [b]outros[/b] políticos na terra (ou mais abaixo). E, de fato, o atual cenário daquele orgão é, no mínimo, fonte de incertezas e dúvidas quanto à índole dos seus membros. Isso para usar bem o eufemismo.

    Agora mais ingenuidade é pensar que a não obrigatoriedade de diploma irá calar alguma coisa. No máximo pode calar alguns reitores enfurecidos que agora sabem que não são o único caminho para se expressar uma opinião ao público.

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