sábado, 19 de junho de 2010

O corpo todo doía demais... todo calor de antes agora era meio dolorido demais. Se pensasse uma vez e meia, ou tivesse idéia do quanto doeria hoje, não o deixaria nem chegar perto. E dizer que o que mais dói é a falta de respeito seria uma puta hipocrisia. O lance todo se resumia a nada e isso sim doía, mas não doía por tristezas ou ressentimentos, e sim por esperarem que ela se machucasse.

Ela dessa vez não sentia nada, entende? Seu corpo, virou motivo de carnaval e não de amor. E era engraçado como aquelas mãos que tanto a marcaram o corpo, não tenham tocado nem de longe sua respiração. Durante toda a noite com os olhos abertos, ela pensou nos problemas das amigas próximas, amigas distantes, amigas, inimigas, ex amores, futuros amores... mas aquele "amor" nem de perto entendeu a sutileza das suas grosserias.

Chegando em casa, num misto de nojo e gozo, tomando seu banho se divertiu mais do que em 12 horas. Antes de dormir, sentiu o estômago embrulhar. Será que to grávida daquele paspalho? Sim, já faz tempo que transavam. O corpo dela pedia, e ele era o único que de tão estúpido aceitaria alguém que não quer alguém. [C'est la vie]. Eu sei, eu te entendo. [Pelo menos ele fica calado...] Mas não precisa de conversa? [Obvio que sim, por isso tenho você]. Entendido.

Depois do enjoo, forçou o vômito. Lembrou da comida que tinha comido na casa da mãe do cara. [Aquela velha adoraria me ver nesse estado, ela me odeia, mal sabe ela que eu não quero o filho dela, nem pra pagar minhas contas.] Os olhos ardiam com a maquiagem vagabunda que tinha comprado, lavou o rosto e foi dormir. Pela manhã, uma ligação perdida... que foi perdida pra sempre por aquele pobre coitado.[ Vai se fuder, né!?]