quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A mulher tá grande, cresceu, numa casa de pai autoritário e mãe submissa, mas cresceu. Cursou as escolas mais tensas, violentas e descriminatórias para que pudesse ganhar seu emprego e dar pra quem quisesse sem ter que dar satisfações. Foi humilhada quando colocou seu primeiro biquini, amaldiçoada quando andou com a barriga da gravidez a mostra, satanizada quando se apaixonou pela sua melhor amiga, vandalizada quando resolveu correr atrás do amor, dilacerada quando não quis se casar, deserdada quando resolveu sair de casa, violentada quando quis ir andando pra casa, apedrejada quando quis amar quem seu coração mandou.
Nossa menina continuou a vencer, depois de trabalhar o dia inteiro, engravidou, a partir daí trabalhou o dia inteiro e ainda amamentou, cuidou da filha deprê por causa do primeiro namorado, salvou o filho das más companhias e cuidou do marido. O marido foi embora, ela continuou trabalhando, fazendo todo o resto e ainda tratou de cuidar da cabeça, psicologo. Cuidou do corpo, academia. Cuidou da pele, dermatologista. Esqueceu do coração, nenhum cardiologista conseguia enxergar aquela dor toda.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ela tá eternamente puta, sabe? Não é questão de estar tudo bem ou não, está tudo errado isso sim. Sempre errado demais pra ela. A perfeição agrada mas ela tende a apodrecer, e ela também. Tudo tende a dar certo mas ela magoa a vida a ponto da vida revidar e zoar o pouco de razão que restou. Ela conversa com Homens sobre o mundo, ela não distingue sexos, são Homens, todos iguais perante a lei e quem é ela pra discordar.
Não tem uma posição fixa e formada, ela é simplesmente informada e a partir daí vc entende pq ela não tem noção de futuro. Se cada hora a notícia muda, como ela vai se vestir pra sair de casa?
Preto... pelas crianças morrendode fome? Chique... pelo progresso econômico? Retrô... pela volta do McCartney ao Brasil? Vermelho... pela Dilma? Branco... pela paz? Se não se consegue nem definir isso, como proceder?
É compreensível a falta de saco dela para o mundo, o mundo não tem paciência... Pq revidar então?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

...

Não era dificil ver que alguma coisa acontecia ali. Traziam uma alegria para a vida, que ninguém estava acostumado a ver. Talvez as desgraças as uniram e as graças as eternizariam. Era mais que natural aquele sentimento. Era mais que necessário aquele sentimento, era orgânico. A vida era mais leve assim, seria mais fácil aguentar as sacanagens do destino com alguém pra te fazer e ver feliz. Eram simplesmente duas, e por si já eram uma força. Sem nenhum tipo de determinação, também era fato que já não suportariam viver, sem aqueles sorrisos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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Uma mulher, só se torna mulher, se tem uma coisa pra chorar, ela não tem. Não tem uma dor própria. Vê a dor dos outros e se pega procurando entre suas agonias do passado motivos para chorar, ela sabe que não é uma mulher, nem muito menos uma menina. Esse jeito ardiloso de catar sofrimentos é sacana demais para uma menina. Ela não teve um amor, nem terá. Criou uma espécie de razão para viver na vida dos outros, e não por altruísmo e sim por covardia (penso que são a mesma coisa). Não tenho pena por uma razão muito simples, ela assim quer ser vítima da vida, vítima da alegria dos outros, vítima da morte de seus sonhos, para que não precise explicar suas derrotas.
Finge uma inocência que não existe para amaciar o coração dos outros, depois de amaciados os corações tem pena de a descartar.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

tchutchu

Eu poderia gastar minha vida inteira para te olhar, gastaria mais uma vida para parar o mundo quando vc me olha e sorri pra mim. Reviveria cada lágrima minha se isso me trouxesse vc mais uma infinidade de vezes, estaria preparada para reviver cada segundo nosso. Sinto que tudo sempre fez sentido visto daqui pra trás, entende? Muitas vezes fui mudada, muitas vezes fui quebrada, muitas flores murcharam, muitos corações de cristal até chegar você, meu amor.
É como uma eterna primavera fora de hora, que chega para chocar nossas mágoas. É como a chuva que chega para me dar vontade de te ter pra sempre.
Você é uma música que eu nunca vou esquecer a letra e que o refrão é a batida aqui do meu peito.
Você é meu presente preferido, vc é a razão.
Eu te amo, e é tão simples perceber como seria impossivel dar errado. É tão simples perceber pq seu corpo se entrelaça no meu coração, ou pq seu cheiro muda para que eu possa sentir aquilo que preciso sentir.
Um dia erguerão um monumento em nossa homenagem, nomearão um país com uma das nossas canções, ganharemos um prêmio Nobel por termos criado a gente.
Hoje choveu e a única coisa em que consegui pensar foi na gente, o mundo acabando e eu lá lembrando do leve tom de embriaguez da primeira vez que me senti finalmente realmente felizmente sua.
Me leva com vc para onde for, me traz com vc pra mim cada vez que chegar, nunca devolva meu ar e nem meu coração. Por favor.

domingo, 22 de agosto de 2010

6 da manhã

Dentro das roupas rotas e debaixo de uma pele engessada pelo barro que os carros levantam, pé ante pé ia chegando já em casa. As pernas doem, a coluna dói, a cabeça queima com o sol, o sangue seca com a falta d'agua, o coração já bombeia areia e só. Chega em casa e finalmente a realeza pode se manifestar. Naquele momento, sua coroa volta à cabeça. A mentira pode acabar ali, entre aquelas paredes, vocês me perdoem, mas ela reinava. Podia parar de fingir ser doméstica, podia transbordar sua graça. Seus súditos? Quem precisa de súditos? Uma verdadeira rainha governa até os átomos e decidi permitir que eles existam, e sempre os permitia. Fora do mundo fantasioso onde a rainha lava chão, o mundo é até bem justo, entende? Fora os calos e a cara de gente sofrida, quase não se vê sinal da desgraçada fantasia. Ela vibra quando a orquestra começa o sertanejo que ela tanto gosta, corre para aumentar o volume do rádio. Entra no banho, quando sai enrolada na tolha percebe seu príncipe encantado logo ali, ele sabe o que fazer, sempre soube. E fica ali sua majestade dançando e cantarolando no meio da sala, sozinha, mas cercada por todos que a querem tão bem. Enquanto ela gira, o mundo pára, nenhuma poeira, nenhuma patroa, nenhum detalhe imperfeito para a nossa rainha. E ela gira, gira, gira...

E você estará vivo, e isso é o que mais dói.

Ele morreu. Depois disso parece que algo em mim viveu mais. Algo que me corta todo dia, nada morto e sim cada vez mais vivo e cortante, sangue vivo. Gosto de ir até onde ele morreu para ver se aquilo acaba matando o que nasceu com a morte dele, nada adianta. Entendo que seja preciso viver e até acho que posso, mas o que me falta é querer. Não se vive com coisa viva dentro da gente, é injusto Isso sugar de dentro pra fora, não tem repelente. Ou talvez o repelente seja eu, seja você, éramos nós dois, entende?
Tudo acontece, e vai que aconteceu de morrer ali na minha frente, naquele dia em especial éramos tantos que a Verdade não suportaria aceitar aquela relação. Eu sei aonde foi, mas não sei em que tempo você largou da vida de vez, não sei o instante exato, nem lembro suas últimas palavras... Quem escreve isso agora, com certeza é o Isso que foi gerado lá e parasita minhas idéias aqui. Tá tudo meio confuso, vejo as pessoas perguntando do meu luto, me perguntam do seu velório, como, quando, onde? Mal sabem elas... você já foi, foi com o vento, foi com o estalo do encanto e agora paira pelo limbo, entre minha razão e minha fantasia. Não deixaria ninguém violar nossos votos, te olhando com um ar de piedade e saudosismo, um a um iriam me fazer acreditar que você não foi feito de luz e sim de carvão, e isso sim bastaria para eu te deixar vagar por essas ruas correndo o risco de me perder de uma vez por todas.
Sei que você vai poder voltar, cada vez que eu sair de casa será uma nova chance da sua ressurreição. Cada passo na rua e cada curva me lembrará que você pode estar do outro lado da esquina, e que vai me olhar... nesse momento acharei de verdade que é você ali, mas fecharei os olhos, os abrirei de novo e lembrarei que pra mim você morreu.






sábado, 19 de junho de 2010

O corpo todo doía demais... todo calor de antes agora era meio dolorido demais. Se pensasse uma vez e meia, ou tivesse idéia do quanto doeria hoje, não o deixaria nem chegar perto. E dizer que o que mais dói é a falta de respeito seria uma puta hipocrisia. O lance todo se resumia a nada e isso sim doía, mas não doía por tristezas ou ressentimentos, e sim por esperarem que ela se machucasse.

Ela dessa vez não sentia nada, entende? Seu corpo, virou motivo de carnaval e não de amor. E era engraçado como aquelas mãos que tanto a marcaram o corpo, não tenham tocado nem de longe sua respiração. Durante toda a noite com os olhos abertos, ela pensou nos problemas das amigas próximas, amigas distantes, amigas, inimigas, ex amores, futuros amores... mas aquele "amor" nem de perto entendeu a sutileza das suas grosserias.

Chegando em casa, num misto de nojo e gozo, tomando seu banho se divertiu mais do que em 12 horas. Antes de dormir, sentiu o estômago embrulhar. Será que to grávida daquele paspalho? Sim, já faz tempo que transavam. O corpo dela pedia, e ele era o único que de tão estúpido aceitaria alguém que não quer alguém. [C'est la vie]. Eu sei, eu te entendo. [Pelo menos ele fica calado...] Mas não precisa de conversa? [Obvio que sim, por isso tenho você]. Entendido.

Depois do enjoo, forçou o vômito. Lembrou da comida que tinha comido na casa da mãe do cara. [Aquela velha adoraria me ver nesse estado, ela me odeia, mal sabe ela que eu não quero o filho dela, nem pra pagar minhas contas.] Os olhos ardiam com a maquiagem vagabunda que tinha comprado, lavou o rosto e foi dormir. Pela manhã, uma ligação perdida... que foi perdida pra sempre por aquele pobre coitado.[ Vai se fuder, né!?]


terça-feira, 11 de maio de 2010

V de deixa pra depois.

A mãe revoltadíssima, olhou para a Nossa Senhora do canto do quarto como se a perguntasse onde foi parar a tão falada proteção. Virou para o filho de volta e com um ar sublime, mudou a cara e explicou que as coisas eram mesmo assim.
Mal o filho saiu do quarto com cara de fome e com os olhos marejados, a mulher voltou seus olhos para a santa e como quem rompe o cordão umbilical e com uma raiva brutal, a pegou em uma das mãos para joga-la, e ver seus mil pedaços pelo chão... Mas não podia ser qualquer lugar, tinha que ser mirado, um lugar especial, para quebrar aquela coisa que a enganou por tanto tempo.
A revolta era tanta que mirou para a foto da mãe que tinha em cima da escrivaninha. Lugar melhor não havia, tinha sido aquela que lhe deu a bendita santa e colocou na sua cabeça que pela imagem ela estava salva e destinada a sofrer, e ser salva e sofrer e sofrer. Era justo, ô se era. Lembrou da mãe e da santa que a mãe chamava de mãe, e desculpou sua genitora... era também uma enganada. Mirou na tv, era por onde ela mais descobria o quanto a santa não ajudava ninguém, nada mais justo. Mas... a tv? o que faria ela sem a novela pra esquecer a vida? Não, perae... na tv não!
Já estava a um tempo nisso, o braço já tava cansado, depois de fazer 20 pés e mãos, nada mais justo. Mirou no espelho. Era certo e justo, mirou na sua imagem, nos seus proprios olhos que muito tempo viram errado pela desgraçada imagem, pensou em todos os momentos em que dormiu chorando, rezando por um dia a mais, ou um dia a menos... lembrou que era devota da maldita, e que no parto da Jussara a imagem tava lá. Os olhos que choraram a dor dos dias, também choraram a alegria, não mereciam.
Enquanto olhava para o espelho e relembrava os momentos com aquela mãe desnaturada, de relance, viu o reflexo do seu filho na fresta da porta. Com a mesma serenidade de antes virou-se para o menino e disse:
-Que é meu anjo?
O menino:
-Jantar tá na mesa mãe, vem comer com a gente.
Baixou o braço, largou a santa da cama e foi até a mesa de jantar. Deu as mãos aos filhos e começou a rezar, agradecendo por mais um jantar.

domingo, 9 de maio de 2010

Se o efeito é esse, o salto vale a pena.
Cada clarão e cada dia de chuva, cada manhã e hora de dormir, cada beijo e desamor, valem...
prometo que se eu me sentir assim, uma vez ao mês... te beijo até amanhã.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quando alguém começa a te fazer, fazer mais sentido do que antes... Sim, o mínimo que ela merece é amor.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

http://www.youtube.com/watch?v=EbVm1EXbAuA&feature=player_embedded



Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus

terça-feira, 20 de abril de 2010

papillon

Por que apostar?
Apostar pq eu gosto do seu jeito.
Apostar pq eu gosto do nosso jeito.
Apostar pq não sei mais dormir sem vc.
Apostar pq eu estou encantada.
Apostar pq me apaixonei por vc.
Apostar pq eu sou sortuda mesmo... apostar pq estamos aqui e o que importa é o nosso beijo.

Apostar no medo, apostar em quem já estava lá todo o tempo.
Ir em frente, ter coragem.
Você tem todo meu cacife...










[meuamormeuamadomeuamante]

terça-feira, 30 de março de 2010

Já fui deixada, dessa vez não acontecerá, não aconteceria mesmo que eu quisesse você sabe que foi diferente desde o começo. Você me fez sentir coisas que eu nunca senti, aprendi a razão das flores, entendi o sentido do beijo e a lógica de ter você do meu lado. Mil mãos ainda vão me tocar, bocas vão me beijar freneticamente me mordendo e tentando me tirar o fôlego, nesse momento respirarei fundo e lembrarei de você... Tentarei fingir, mas suspirarei por você, pensarei em você, sentirei o seu cheiro e me entregarei por completo a esse desvario louco... outros homens me amarão bem mais e melhor, e eu estarei tão longe. Evidente que serei pra sempre sua... Te imaginarei com outras, outras unhas e cabelos, seu perfume usado em vão para mulheres que não merecem nem seu olhar mais vulgar, as beijando, as amando, esquecendo das coisas da gente, se ausentando inebriantemente daqui. Nossas bocas grudadas, nossos corpos suados pela madrugada, a fala entrecortada, a falta de ar... tudo vai ficar. Quero que saiba que não vou me deixar levar, dormirei com vários, de cama em cama, desonrarei teu nome, a cada noite esquecerei um tanto de você. Estuprarei teu nome quando gritar o nome de outro durante o prazer, estarei imponente e altiva quando você voltar... nunca descobrirá que apesar dos pesares serei pra sempre sua. Eternamente sua.

terça-feira, 16 de março de 2010

Toda dia ela acordava com cara de fome, ela não entendia, mas era assim. Fome. Sabe-se lá pq, mas era fome. Acordava, se odiava um pouco no espelho, maldizia a avó por um traço ou outro, quebrava aquele momento com a Elis, nunca entendeu muito das músicas dela, mas de alguma forma aquilo lhe fazia bem.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Eufemismos

Te amo tanto e com a urgência do enfermo
Até mesmo quando está por perto sinto falta da falta
Está tão por aí
Tão perdido
Tão só também

Peço a alguém que me ligue nos momentos de dor
Que é pra ver, se lembro que não sou única que está morrendo
Ó tempo dos desalmados, tempo dos não queridos mal-amados e desgraçados
Entendam, que sofre mais
que não matou o amor e morreu dele.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

inicio de um fim

Não faz mais sentido... simplesmente não quero a falta da gente, não quero terminar a noite sem você, quero sonhar enquanto o sol ainda está lá... quero saber que tenho você apesar dos pesares, quero seu jeito de me beijar a testa como quem preza, seu jeito de me beijar a boca com jeito de quem queima, seu jeito.
Quero sentir a vergonha de não ter vergonha alguma ao teu lado, quero nossa picardia com o resto do mundo, quando nos amamos onde o amor quer aparecer... Fui o melhor que tenho de mim pra você, o que sobrou é tão duro e feio... mas eu não ligo, não me importo com o que vão pensar o sentir por mim... A raiva que tenho do tempo por te levar de mim, é tão imprópria que me faz querer larga-lo e me eternizar em algum dos meus rabiscos aqui... Pq amar assim, é tão ilegal nessa porra de mundo?

sábado, 23 de janeiro de 2010

É o hit do verão
queimem os corações, bronzeiem ele até dourar e não sentir
Pintem com as maquiagens mais caras que seu dinheiro puder comprar, esteja pronta para coloca-lo num salto agulha e pisar em corpos...
Pronto tbm para sangrar pelo peito, pra variar. Esteja ciente dos riscos e ricos. Esteja ausente das mortes e desabamentos, ausente do amor, longe das dores... Só trarão rugas.
Não esqueça da academia, nem de doar uns trocados pros neguinhospobrecoitadosdenãoseionde
é bonito pras crianças, pra quando elas voltarem do adestrador.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Era uma garota, garota de garotos, garota de finais, garota de confiança, garota de futuro, garota dela mesma... Sempre foi assim, meio dela demais. Por isso talvez o problema para entregar o que tinha dentro do peito, e quando entrega não dava manuais, contava com a sanidade dos outros para ninar seus coração cheio das dores. Pra um servia de chocalho, os cacos faziam barulho dentro "daquilo", pra outro como cachaça, pra outro um sambinha de fim de tarde, pro outro uma palavra-cruzada e pra todos, um lance qualquer...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Rios

Quando penso que somos normais, as coisas mudam e o ritmo da gente não se transforma e mostra que somos muito mais que todos esses ritmos... Estamos tão além da verdade e da simples existência de duas almas que as vezes é bem difícil acreditar que está sempre tudo tão bem, tudo tão light, tudo assim, tudo.
Mas acredito que o nosso balanço, nossa grande jogada, nosso charme, nossa carta na manga, nossa palavra chave está na umidade dos nossos beijos. Na paixão. No dia. No vão entre nossos corpos e no bailar de valsas das nossas mentes segundos antes de dormirmos. Na falta de ar da minha voz ao falar dessa nossa ausência. No sentido da chuva quando tô com você dentro de mim, no valor da água quando vem de dentro e chove longe de mim procurando desaguar em você.