domingo, 27 de dezembro de 2009

e lá vem você me olhar apaixonado e, no segundo seguinte, frio. e me falar para eu não sofrer e para eu ir embora e para eu não esperar nada e para eu não desistir de você.

C.F.A.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

É mania minha sempre fazer as coisas parecerem menores pros outros ou é por saber que ninguém aguenta tanto assim?
Se não fosse o tempo, seria eu... as coisas tem validade cmg, mofam com uma facilidade louca. Acho que sempre tenho algo apodrecendo perto de mim, e você não cuida disso.
O importante e lembrar que nós não ligamos para vocês. Não ligamos para suas regras e tabus malfeitos em cima de uma educação macabra que cisma em fingir não ter sangue nas coisas da gente. O pulsar dos corpos, o amor incondicional que se dá a quem pouco se conhece... ahh as paixões enexplicáveis...

Vão envelhecendo e escondendo ou esquecendo o que é amar.
Isso que eles dizem sentir... é só a desistência. Envelhecer juntos? Quem envelhece quando está no fogo de uma paixão? AH! Façam- me o favor de sumir. Não farão muita diferença, porque nós vamos lutar, amar, queimar, e lutar mais por cada suspiro, seus imbecis!

Eu tenho nojo de pertencer a mesma espécie que vocês! =]

Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça

Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

help!

é verdade que eu crio minha realidade e meu maior ópio, é a música. Elas parecem forçar essa máquina imbecil que bombeia meu sangue a pensar em mim.

sábado, 19 de setembro de 2009

"...os grilões que nos forjavam"

(...)
A gente tenta, mas tá muito foda seu delegado. Antigamente não... eram malucos do parque, marcolinhas em cada favela, agora? Agora isso tá uma loucura tá concorrido o lance. Era orgulho pra mãe ver o filho nas capas de jornal, hoje em dia não sobra espaço pra nóis. São uns manos lá do poder, sei bem quem são não... dizem que fui eu que coloquei o malandro lá... mas te garanto dotô: Foi eu não. Queria deixar prus menino, uma lembrança do pai... mas nem isso. Sabe que nessa vida, que nóis vevi, nóis não passa dos 25, mas já deixa muitas vidinhas por aí né? (risos)
(...)
O que mais o dotô qué sabê?
Se matei? Matei sim dotô, vo mentir não. O muleque veio mexer com a minha mulhé... e foi isso mermo. Dei uma facada no filho-da-puta, e se me soltá, acabo com o resto da familia do desgraçado. Nóis é pobre, ladrão, mas temo orgulho pra mantê.
Pobre não nasce com direito, e sabe que vai se fuder a vida toda, mas tem orgulho.
(...)
Mas perai já vou? ... ah sim os maluco me contaru que tava tudo lotado aqui mesmo. Ah e não é pra contá pros mano o que eu vi o dotô fazendo né?
(muita violência)
Não dotô! Pelo amor de deus, deixa eu viver, tenho filho pra cuidar minha mulher precisa de ajuda com os meninu, não tenho pq contar nada do que vi aqui pra ninguém não dotô.
(...)
mas perae dotô nem sei o que é extorção... bate nim mim não dotô... preciso tá andando pra trabalhar...
Eu nem sei o que vi, nem vi nada. O senhor deve saber o que faz.
(...)
não mete meus menino no meio eles não tem nada com isso...
dotô num sei pq o nervoso, não tem espaço ano noticiário pra coisa que nem essa... e eles nunca vão ficar sabendo. Palavra minha o dotô pode confiar...
(...)
Pede pra ele parar pelo amor de deus, imploro pela minha vida...




(Moreira desova esse desgraçado lá na rua 428 e diz que foi a boca, que foi queima de arquivo. Se aqueles filhos da puta dos jornalistas chegarem, põe meio quilo daquele pó que chegou ontem no short dele e diz que era vapor...)




*FIM*

sábado, 22 de agosto de 2009

Hoje depois de horas de leitura continua... e muita falação... choveu!
Depois de um teste de sanidade e capacidade física, na hora que eu estava indo embora, choveu!
O dia estava claro, o sol muito muito mais atrevido do que de costume, e um calor repressivo eu diria... choveu, estava lento meio como umas plumas. Uma gota ali, outra lá, outra bem pertinho do ali, no final das contas era chuva... Por sorte, tinha que ir para casa como deus quis... e lá fui eu... até feliz.
Com passos lentos para aproveitar cada pedaço daquilo, cada pedaço daquela água tão esperada... meses. A chuva em Brasília é como um filho para o candango, meio prematuro, mas não menos amado. Depois de tantos meses de espera, e muito cansaço, fui andando, e tava vendo que faltava alguma coisa... poxa mas rezei tanto por esse momento... esse nosso encontro... "Que que há dona chuva!?".
Eu, brasília e a Chuva... mas algo faltava. Nenhum pingo tocava meu rosto. Continuei andando o tempo e o sono não me deixavam parar. E foi um longo caminho até em casa, e nenhuma mísera gota d'agua que me tocasse a face. Molhei a roupa inteira, bolsa e tudo mais... mas eu queria mesmo era uma gota sutil, rebelde que viesse no rosto, ao acaso. Não poderia parar e esperar cair, tinha que ser ao acaso, tipo um selamento de um acordo entre eu, o sol e as estrelas que mais tarde apareceriam... mas nada. Nenhuma gota. Aquilo já estava começando a ir contra algumas, muitas, leis da física, mas que seja. Estava cansada demais para questionar as nuvens e brigar com o sol... ao chegar no pilotis do prédio... tropecei. E percebi... não molhei o rosto, pq ele estava o tempo todo olhando para o chão... Fui o muro da minha chuva, o obstáculo... poderia ter olhado pra cima, contemplado meus acordantes, negociado nossas cláusulas mas não. Dura e secamente queria meus direitos, sem nem ao menos encarar o Infinito.
Represei nos cabelos insensíveis, toda água que poderia ter lavado a Maquiagem...
Represei o acontecimento sonhado. Represei meu rebento. Estraguei minha chuva. Eu.








[(...) mas ando mesmo descontente desesperadamente eu grito em português (...) Por força desse destino o tango argentino me cai bem melhor que o Blues. ]

sábado, 8 de agosto de 2009

“Eu gostaria muito de ter o direito, eu também, de ser simples e muito fraca, de ser mulher. (...) Em que ‘mundo deserto’ eu caminho, tão árido, só tendo o óasis de minha auto-estima intermitente. (...) Falo do amor de forma mística, sei o preço. Sou muito inteligente, muito exigente e muito engenhosa para alguém ser capaz de se encarregar completamente de mim. Ninguém me conhece nem me ama completamente. Só tenho a mim.”
“Hoje cedo (…) desejei ardentemente ser a garota que comunga na missa da manhã e tem uma certeza serena… No entanto, não quero acreditar: um ato de fé é o ato mais desesperado que existe e quero que meu desespero pelo menos conserve sua lucidez. Não quero mentir para mim mesma.”

domingo, 2 de agosto de 2009

Sobre aborto, Lulu e meu tio

Hoje, um tio meu voltou para o RJ, ele está acima de qualquer um, me apoiando em relação ao vestibular... ok dito isso e dado a ele seu devido valor - Obrigada tio!- Voltemos a realidade jovemapaixonadaapaixonantedesesperadaerelutadora.
Disse ele em um trecho de nossa última conversa, que amanhã (dia que começa o prevest), é o primeiro dia do meu futuro.
Sim o furor causado em você, foi causado em mim igualmente ou ainda com maior intensidade tendo em vista que sou eu o sujeito desse predicado.
Primeiro dia do meu futuro? Mas ontem o primeiro dia do meu futuro era hoje, e daqui a meia hora serão os primeiros minutos do meu futuro, e agora depois de algumas linhas aqui escritas já é o futuro de quando eu comecei a escrever esse post. Entende?
E se eu não quiser o futuro que terei daqui a meia hora? Ou amanhã, ou daqui a um segundo? Simples é só começar a andar de cabeça pra baixo e com certeza meu futuro não será o que seria de cabeça pra cima.
O futuro não começa agora, simplesmente pq ele já começou e nunca vai começar. E é imutável se você continuar com a cabeça no mesmo lugar que está agora. Tenha consciencia disso. O futuro é sacana e malandro, sendo você o Saramago ou o Cazuza, é um fdp que insiste em não nos ligar no dia seguinte pra avisar que não deu pra ser como a gente sonhava. Na verdade ele nem liga pra gente. Pq ele não é um colega, é nosso filho. Geramos e parimos futuro todo dia, toda hora, todo segundo e cada inspiração, e não esse filho bastardo nada tem a ver com o tio Tempo, como muitos acham. Ele tem a ver com nosso DNA, se a gente bebeu durante a gravidez, se conversamos com ele, ou se nos preparamos ou não para seu nascimento, com a vantagem que se não gostarmos do filho, podemos nos virar de cabeça pra baixo, jogarmos o filho fora, e ter outro sem o menor peso na consciencia com um único porém, não existe babá nem vó para deixarmos esse filho... Por isso, comece o prevest ou não, chute o balde ou não, case-se ou não, morra de amor ou não, aborte se for necessário (!)... e lembra...

TOMA QUE O FUTURO É TEU!








[Eu vejo a vida melhor no futuro eu vejo isso por cima de um muro de hipocrisia que insiste em nos rodear... eu vejo a vida mais clara e farta repleta de toda satisfação que se tem direito do firmamento ao chão. Eu vejo um novo começo de Era com gente fina elegante e sincera com habilidade pra dizer mais sim do que não. Hoje o tempo voa amor, ecorre pelas mãos mesmo sem se sentir, que não tempo volte amor vamos viver tudo que há pra viver.]

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Nós...

Não nós não vamos falar baixo...
Não vamos pentear o cabelo quando eles não quiserem ser pentados (eles por vezes acordam assim)
Sabe, vamos chorar na frente dos outros e borrar o lápis
Vamos amar até morrer de amor ou até enjoar da tua cara
Vamos falar palavrão com a topada, ou com a nossa cara
Vamos sair gritando desaforos quando não formos entendidas
Vamos te odiar por te amar tanto
Vamos ser cacheadas
Vamos cair nos seus joguinhos
Vamos cantar música de dor de cotovelo como um hino
Vamos sangrar todo santo mês e as vezes vamos fazer sangrar mais de uma vez
Vamos escrever teu nome e risca-lo quantas vezes forem necessárias
Vamos ligar e não ter coragem de falar
É nós falamos " eu te amo" esperando um de volta
Seremos complicadas
Seremos meio machos
Seremos feministas
Amaremos mais do que nos amam
Choraremos por tudo, mas na hora da porrada vamos rir
Não nós não gostaremos nunca da tua nova namorada
Não, não seremos amigos daqui pra frente...
Sim concordaremos que ela é mais meiga
e também que dará uma ótima mãe.
Somos heroínas do asfalto pavimentado com amor e trafegado por corações e palhaços
Somos guerreiras, levantamos peso, vamos ganhar nosso dinheiro...
Mas abre a porta, puxa a cadeira e entende que a gente ama.
Fomos princesas, mas nosso sapatinho de cristal extraviou o que veio foi o scarpin
Não teremos um final feliz, isso fica pras que falam baixo, teremos vários finais, não seremos domadas nunca, NUNCA.
Mas entenda... um desses finais é com você!



"Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Uh! Uh! Uh! Uh!...
Eu sou pau prá toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Hum! Hum! Hum! Hum!
Minha força não é bruta
Não sou freira
Nem sou puta...
Sou Pagu indignada no palanque
Hanhan! Ah! Hanran!
Uh! Uh!
Fama de porra louca
Tudo bem!
Minha mãe é Maria Ninguém
Uh! Uh!...
Não sou atriz
Modelo, dançarina
Meu buraco é mais em cima
Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem..."


[mas fomos criadas com a cinderela, nunca se esqueçam disso]

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Grande Família.

Finalmente falarei do "Drama Sarney". É o seguinte: qualquer um que venha falar com total propriedade sobre assuntos políticos em blogs e etc, é, no mínimo, hipócrita. Vou explicar... É fácil falar, é fácil criticar, é fácil se vitimar das coisas. De fato, não posso chegar aqui e dizer que não é nosso dever criticar, mas dentro da nossa ignorância. Temos que aceitá-la e nos limitarmos a falar do efeito disso na nossa sociedade, em nossa comunidade.
Bom, o caso Sarney, querendo ou não, veio, e fez de certo modo um mega estardalhaço no senado brasileiro. E querendo ou não, foi colocando ele como presidente da Casa que passamos a ter acesso a todas essas denúncias que estouram feito pipoca nos jornais. Minha ideia é fazermos isso com todos os políticos... Deixemos eles, um por um, como presidentes na Casa. Se é só assim que podemos ver o circo pegar fogo, que assim seja. Ah sim! Eu sou contra à retirada dele do poder. Esse cara tá há anos roubando dos brasileiros. Se é só assim que teremos sua punição, deixa o bichinho ficar lá... Alguma hora o castigo há de vir!

Mas enquanto isso, no mundo real, um tanto livre da magia do senado e dos partidos e dos ladrões e do presidente e dos pizzaiolos e da camada pré sal e do foco da mídia... Correm em paralelo VÁRIOS outros problemas que parece que esquecemos e deixamos de lado para dar ouvidos a uma guerrinha de poder de segunda série do senado:
*O dólar, minha gente, não para de cair
*5 deputados mesmo após o escandalo das passagens aéreas viajaram para o exterior para vistoriar um tanque de guerra que o Brasil está comprando ( pra que, eu não sei... Nossa única experiencia de guerra própria foi a guerra do Paraguai ) e isso tudo às custas do governo.
*O Hantavírus, o vilão biológico n°1 dos brasileiros, até antes um pouco da gripe aviária, continua matando gente.
*Ladrões usaram coletes da polícia para assaltar uma joalheria.

Poderia eu ficar aqui muito tempo, falando da criminalidade e etc., Mas nem caberia aqui no meu blog. Acordem pra vida. Se era isso que pediram no outro post, está aqui, mas o Brasil não anda enquanto ficarmos discutindo sobre telefonemas de netinhas para seu avô, ou quem o presidente apadrinha ou não. Temos que cuidar de nós, nossa mãe pátria tá casada com um padrasto bêbado, ladrão, pedófilo, que não nos conhece, e estrangeiro (pelo que parece). E o pior... a tendência é que ela o troque por uma MULHER.

domingo, 19 de julho de 2009

Lavanderia.

Sabe quando a música não faz sentido?
Sabe quando a hora insiste em ficar pousada na sua vida?
quando a comida não acaba e você já não quer?
as dores doem mas não atrapalham?
quando a lágrima não cai... e a música continua tocando?
quando o nó é maior que seu coração?
quando seu corpo é uma pedra pr sua alma de papel?
uma total anestesia, é uma dor que não dói mas que castiga mais que mil chibatadas.
uma apatia sem precedentes, acho que é assim que a gente entra em ebulição, ou deixamos de entrar né!?
Vai que a gente sofre, pra não sofrer com as dilascerações que poderiam aparecer se não parássemos, as vezes é uma lavagem de tudo aquilo que não somos nós, ou uma centrifugação das nossas dores... elas passam tão rapido na nossa frente que não dói mas faz lembrar da dor que causou, um monte de lembrançasdores que cansam - você tá parado e tudo tá girando. (não, eu não comprei uma máquina de lavar nova)
Bom, acho que no fim das contas a gente sabe mais da gente do que pensamos, as vezes é hora só de parar e fazer do corpo, varal para uma alma cansada.



Deixa ela secar, vai ver pegou chuva demais!

sábado, 4 de julho de 2009

Mute

Tão novo blog e já não tenho idéia do que escrever. Falar sobre política? Começo com Sarney e já me calo... me embrulha o estômago. Tragédia? A menina foi atropelada e atropelada por um onibus que não a esperou descer do onibus ficou com a mochila presa e morreu assim, médico escreve no braço de grávida endereço de hospital para que ela pegue o onibus e vá com as próprias "patas" até lá, filhote morre e mulher, a sei lá da mulher, o médico deve ter pedido para adotar... e pronto já me calo... me enchem os olhos de sangue e lágrimas. Michael Jackson? Acho que se fosse a 2009 anos atrás teríamos um jesus um tanto diferente... e mais uma vez me calo, me dói o bom senso. Amor? Me calo desde o principio e já me embrulha tudo.

Esse mundo tem cansado, acho que decidiu me abortar.

Beijos para quem falou que eu era uma preguiçosa e que não escrevia aqui a tempos... e muitos quilos de peso na consciencia de quem não notou isso!

domingo, 28 de junho de 2009

Chuveiro de Infinito I


Aos meus amigos...


Há de se pagar pelo infinito que deixo molhar,
isso é certeza constatada pela mais sensível das juízas: a eternidade dos dias
Meu passado de dores, amores, refrescos e botões.
Está tudo lá eternizado com gargalhadas em meio choros incessantes, mas está lá
Invariavlmente lá
Tudo certo, certamente vou pagar.


Todo o resto que houver é resto, é complemento de um show de mim.
Nada importa além dos holofotes, quero as ultimas cenas de novo aqui.
Chuveiro de infinito jorrando aberto em cima de um pobre apanhador de sonhos...


Transborda-se, não cabe em si.
Molha-se, mas sem se fazer sentir
Os momentos que são meus, parecem ter se rebelado contra seu senhor
agora me machucam, me queimam, me sangram o que ainda restou.


Penso ser impermeável, e insisto em ficar lá
deixo aberto, não desisto.
É uma sensação dolorasamente mágica,
tirar dos confins do meu coração partes de sua estrutura.


Quente ou frio, este infinito é vazioescuro.

Mas não há,
não há o que seque
Não há o que me faça sair de lá
Quero cada gota
Cada minuto dos minutos
Quero meus dias de glória
e os dias em que a glória tirou sarro de mim com suas partidas
Quero todos eles, e todos vocês.



Jorram e se a magia permitir jorrarão ideias, sonhos e vidas
Vidas nossas, vidas desse chuveiro mais que minhas
molhando feridas antigas e criando novas
e em meio esse masoquismo, me sinto só.
Me sinto só eu, lavado de tudo que não somos nós, o que não éramos nós.
Purificado e um pouco amargurado
sigo o inopnável destino
de tudo que é coisa de mulher que queria continuar menina
Suplico pela tampa desse ralo cruel, quero no fim dos dias
me afogar com vocês para essa tão doce eternidade, quero que vocês estejam lá
E morrer me deileitando dos meus primeiros dias.

Agradecimento ao verdadeiro dono das idéias estruturais desse poema... Ítalo.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Soundtrack

No mundo das vozes.
Das vozes do não-ser.
a voz da gente se faz maior.
se faz ouvível
se faz acreditável.
se faz humana.
se faz real.
se faz.

Com seus botões
e maquinário engendrado
criaram uma gente plástica, uma gente que sabe ouvir e acreditar e julgar e participar e, e, e, mas não sabe desrespeitar, não sabe criar, não sabe revolucionar.
Com toda a doçura levante e recrie seu real, se coçe, se morde, se cospe, se vira, se destrua, se idealize, se aumente, se esmigalhe, se morra de amor ou de dor, se faça, se viva.
Refaça suas engrenagens e religue suas mãos, aperte até doer, violente tudo isso, se não doer sangre, mas pelo amor de deus recomece essa era.




[Se faz necessária nossa cólera, se faz necessário a vida que leva para assim levar a vida.]

sábado, 20 de junho de 2009

orkutragédiaromantica

3:30 da manha... sem dormir... vc abre a janela, um azul claro completo, toda a página está azul claro... nunca pareceu tão lento, carregando carregando carregando... na espera de esperança... de uns escritos, de uma lembraça deixada lá... nada mt acalmador... é melhor dormir. É rapazes... é a nova agonia romântica do século XXI.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pornopolitica

Não, não preciso mais de diploma para seguir a profissão que eu demorei tipo meses para decidir seguir, como um belo ato do STF, a partir de ontem se não me engano, não é mais necessário o diploma universitário para ser jornalista. Apenas é necessário que este tenha uma boa formação de caráter e moral. Ponto. E foi assim que desvalorizaram o diploma universitário para jornalistas... em nome da liberdade de expressão, o diploma não será mais exigido mas para tal é preciso que tenha "moral" e "caráter", o mais engraçado de tudo isso... é que os rapazes que votaram isso, dia desses estavam a se degladiar com palavras ofensivas de onde apenas, dentro da minha enorme ignorância, entendi e ouvi a seguinte afirmação... " Vossa Excelência não está falando com um dos ses capangas..."
Bom ia dissertar sobre a falta de qualquer gabarito de tais doutores de pararem a pauta de um país para votarem algo tão absurdo, como tirar a necessidade de um diploma, lê-se uma formação básica para as pessoas que vão levar a verdade e as notícias para o povo, mas ao lembrar dessa frase entreouvida em meio acusações e etc me parece desnecessário falar sobre que poder esses homens tem de julgar o que é ou deixa de ser honesto, moral, amoral e um limite para o caráter, talvez queiram mesmo que só analfabetos tentem mostrar suas sujeiras para o povo... afinal ninguém consegue ler impressões digitais.
É mais fácil enganar quem não tem estudo, é mais fácil enganar quem não tem estudo por não ter comida, a falta de diploma não é uma opção para muitos brasileiros, é uma fatalidade. É mais fácil... é assim que se elegem, e assim que estão onde estão, em cima dessa gente que não tem como ter acesso à essa sacanagem nacional.

A digital se apaga, mas a palavra jamais é esquecida e não é assim que vocês calarão a voz da verdade.
Imbecis!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Sobre o tudo


Como se fora um coração postiço

Rubem Braga


Nasceu, na doce Budapeste, um menino com o coração fora do peito. Porém – diz um Dr. Mereje – não foi o primeiro. Em São Paulo, há sete anos, nasceu também uma criança assim. “Tinha o coração fora do peito, como se fora um coração postiço.”

Como se fora um coração postiço... O menino paulista viveu quatro horas. Vamos supor que tenha nascido às cinco horas. Cinco horas! Cinco horas! Um meu amigo, por nome Carlos, diria:

-... a hora em que os bares fecham e todas as vitudes se negam....

Madrugada paulista. Boceja na rua o último cidadão que passou a noite inteira fazendo esforço para ser boêmio. Há uma esperança de bonde em todos os postes. Os sinais das esquinas – vermelhos, amarelos, verdes – verdes, amarelos, vermelhos, borram o ar de amarelo, de verde, de vermelho. Os olhos inquietos da madrugada. Frio. Um homem qualquer, parado por acaso no Viaduto do Chá, contempla lá embaixo umas pobres árvores que ninguém jamais nunca contemplou. Humildes pés de manacá, lá embaixo. Pouquinhas flores roxas e brancas. Humildes manacás, em fila, pequenos, tristes, artificiais. As esquinas piscam. O olho vermelho do sinal sonolento, tonto na cerração, pede um poema que ninguém faz. Apitos lá longe. Passam homens de cara lavada, pobres, com embrulhos de jornais debaixo do braço. Esta velha mulher que vai andando pensa em outras madrugadas. Nasceu, em uma casa distante, em um subúrbio adormecido, um menino com o coração fora do peito. Ainda é noite dentro do quarto fechado, abafado, com a lâmpada acesa, gente suada. Menino do coração fora do peito, você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada.

Seis horas. O coração fora do peito bae docemente. Sete horas – o coração bate... Oito horas – que sol claro, que barulho na rua! - o coração bate...

Nove horas – morreu o menino do coração fora do peito. Fez bem em morrer, menino. O Dr. Mereje resmunga: "Filho de pais alcoólatras e sifilíticos..." Deixe falar o Dr. Mereje. Ele é um médico, você é o menino do coração fora do peito. Está morto. Os "pais alcoólatras e sifilíticos" fazem o enterro banal do anjinho suburbano. Mas que anjinho engraçado! - diz Nossa Senhora da Penha. O anjinho está no céu. Está no limbo, com o coração fora do peito. Os outros anjinhos olham espantados. O que é isso, seu paulista? Mas o menino do coração fora do peito está se rindo. Não responde nada. Podia contar a sua história: "o Dr. Mereje disse que..." - mas não conta. Está rindo, mas está triste. Os anjinhos todos querem saber. Então o menino diz:

- Ora, pinhões! Eu nasci com o coração fora do peito. Queria que ele batesse ao ar livre, ao sol, à chuva. Queria que ele batesse livre, bem na vista de toda a gente, dos homens, das moças. Queria que ele vivesse à luz, ao vento, que batesse a descoberto, fora da prisão, da escuridão do peito. Que batesse como uma rosa que o vento balança...

Os anjinhos todos do limbo perguntaram:

- Mas então, paulistinha do coração fora do peito, pra que é que você foi morrer?

O anjinho respondeu:

- Eu vi que não tinha jeito. Lá embaixo todo mundo carrega o coração dentro do peito. Bem escondido, no escuro, com paletó, colete, camisa, pele, ossos, carne cobrindo. O coração trabalha sem ninguém ver. Se ele ficar fora do peito é logo ferido e morto, não tem defesa.

Os anjinhos todos do limbo estavam com os olhos espantados. O paulistinha foi falando:

- E às vezes, minha gente, tem paletó, colete, camisa, pele, ossos, carne, e no fim disso tudo, lá no fundo do peito, no escuro, não tem nada, não tem coração nenhum. E quando eu nasci, o Dr. Mereje olhou meu coração livre, batendo, feito uma rosa que balança ao vento, e disse, sem saber o que dizia: "parece um coração postiço". Os homens todos, minha gente, são assim como o Dr. Mereje.

Os anjinhos estavam cada vez mais espantados. Pouco depois começaram a brincar de bandido e mocinho de cinema e aí, foi, acabou a história. Porém o menino estava aborrecido, foi dormir. Até agora, ele está dormindo. Deixa o anjinho dormir sono sossegado, Dr. Mereje!


in O conde e o passarinho, Rio de Janeiro: Record, 1982, pp 9-12

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Lágrimas de Chuva

Estagnação na culpa que tenho sobre tudo isso, me condeno por você.
Até onde vai o limite da gente? Vida sem limites não tem cabimento, o problema é entender seus limites. Hoje o único limite são nossos pulsos... por acaso algum dia que chover, sinta a água que escapa pela fresta da janela que você deixo entreaberta...sente o frio? De repente se sente algo, com a água que vem sem pedirmos. Assim como tudo que vem sem nossa permissão. Se dê o direito de limitar o que vem, de fechar a janela... Isso não é se adaptar, nem aceitar o que não é do seu agrado, nem cair no meio comum, é a maior rebeldia possível... estamos nos acustumando a não fechar janelas por medo da chuva nunca mais voltar, aprendamos a saber. A saber que a chuva volta e na próxima você pode ir lá pra fora, talvez ainda não completamente. (use a merda do guarda-chuva) Haverá o momento em que você vai poder se molhar. E vai ser incrível. Mas por enquanto, enquanto ainda sente o frio, e você ainda não é impermeável à dor que achuva pode trazer, feche a janela, essa chuva volta... não a mesma água, mas ela espera você se preparar, se curar da tempestade passada.
Aceite as limitações do seu coração, esse é seu único limite.



"Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
Dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça antes de levar ao forno temperar
Com essência de espirito de porco
Duas xícaras de indiferença
e um tablete e meio de preguiça

eles sabem senhores..."

[capas de chuvas até funcionam mas seus pés ainda molharão, não se engane, apenas fique dentro de casa... seu coração pode não aguentar outro vendaval ainda.]

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Fábula + oso

Bom... existia um lindo pontinho vermelho no meio de um monte de pontinhos pretos, o pobrezinho sofria tanto... os outros achavam ele o máximo,e por isso o invejavam, ele só queria se sentir parte, sofreu, sofreu, tentou, tentou, tentou, até que apodreceu...ficou preto, se perdeu achou que todos eram ele e ele era todos. Acabou morrendo porque na verdade ninguém mais sabia quem era ele, nem ele sabia quem era e na verdade ninguém quer saber.

... e em pensar que todos eram pontos!


"Você, com seus olhos tristes,
não fique desanimado
oh, eu imagino
que é difícil criar coragem
num mundo cheio de gente
você pode perder a visão de tudo,
e a escuridão dentro de você
pode fazê-lo se sentir tão insignificante...

Mas eu posso ver suas cores verdadeiras
brilhando sem parar
Vejo suas cores verdadeiras
e é por isso que eu te amo
então, não tenha medo de deixá-las aparecer
as suas cores verdadeiras
as cores verdadeiras são bonitas
como um arco-íris

Então, dê um sorriso pra mim
não fique triste, não me lembro
quando foi a última vez que eu te vi sorrindo
Se este mundo te deixar louco
e você já não agüentar mais,
ligue pra mim
porque você sabe que estarei ao seu lado

E eu verei suas cores verdadeiras
brilhando sem parar
Vejo suas cores verdadeiras
e é por isso que eu te amo
então, não tenha medo de deixá-las aparecer
as suas cores verdadeiras
as cores verdadeiras são bonitas
como um arco-íris "

{ouça True Colors - Cyndi Lauper}




[show me your true color]


[Enementendoaquiloqueentendoestouinfinitamentemaiordoqueeumesmaenãomealcanço]

terça-feira, 9 de junho de 2009

Mulheres.

Eita Brasil!
Elas acordam, como primeiro pensamento da manhã pedem; oram; rezam; para uma força maior ajudar... põe os pés no chão. Primeira no tapete, segunda no azulejo frio que ela não queria ter comprado a terceira no cimento. Como num filme vão até seus respectivos espelhos mágicos, closet; espelho de corpo inteiro; espelhinho de banheiro, na verdade um caco de espelho e com doces movimentos se arrumam, sempre tão doces... por um instante todas se sentem como numa história, imaginam por um instante não estar ali, o sonho da noite se prolonga um pouco mais e aí as crianças acordam, e por fim elas mesmas terminam de acordar. Café da manhã, brioches com chá; torrada integral com suco; um bom copo de café, crianças na escola... motorista; carro proprio; onibus. E todas elas vão a luta, já nem pensam em feminismo, os sutiãs andam caros para serem queimados por tão pouco, já não contam com o príncipe... desiludidas? Jamais. Até sonham com eles, mas deixa pra noite porque não dá tempo. Escritorio dela; consultório que é sociedade com a amiga; casa da patroa. árdua caminhada até as 18 ou até às 22, rola uma saudade dos filhos... lembram da mãe... "será que ela sonhava isso pra mim?" é unissono. Por um momento todas se cansam de repente, o fardo é duro... desamor; cafajeste do carinha que conheceu pela internet; o aluguel que está vencendo... parece pouco quando é olhado de forma individual, mas põe aí, chefe abusado, carinha que esnoba, filha grávida, vestibular do menor, supermercado pra fazer, contas pra pagar, a vó "você precisava era de um homem", crise mundial, ninguém entende mas elas se preocupam, avião que caiu... lembrar de rezar; orar; rezar pelas vítimas, pegar a Julinha; Ana Marcela; Wellington na escola, autoestima; autoestima; mais dinheiro pra comprar máquina de lavar... entre outras mil atribuições das nossas heroínas. O expediante acaba, chama o motorista; pega o carro; vai pra parada. Uma solidão bate... elas lembram que em casa não tem ninguém... cada filho já tá meio encaminhado, e os que não estão se encaminham na internet e nem olham mesmo... e a solidão fica mais forte e vai ganhando força no caminho de casa, será que sicuta; cortar os pulsos; veneno de rato vai resolver? Não faz mais sentido... Cade o happy end da princesa? Sim toooodas elas eram princesinhas lindas, meninas que se tornaram mulheres num supetão, num tapa do destino, a casca muda mas o resto continua lá, o sonho encantado o principe esperado... tá tudo lá e por vezes dá uma dessas, cisma de doer. Já está encaminhado, pensaram em tudo, as crianças ficam bem com a mamãe; com o pai; com maiinha pensa cada uma delas... o trânsito demora, engarrafamento assim como todo resto, pega limusine e charrete... o cansaço vai batendo, estão chegando em casa, se olham no espelho, e veem que a raiz morena ta nascendo por debaixo dos longos cabelos loiros; a raiz morena ta nascendo por debaixo dos longos cabelos loiros; que o alisamento tá precisando ser refeito a tempos. Até se lembram do lance dos venenos, mais o cansaço é mais forte e como mais um ato heróico decidem terminar o dia, deve ser a tpm... se não for, deixa pra lá. Por favor, o mundo precisa de vocês.


[a;b;c]

domingo, 7 de junho de 2009

Sim... sobre "feelings"!

Quase que estuprando a idéia desse blog... escreverei sobre feelings... sim feelings... não ando querendo falar de sentimentos, anda vandalizado, todo mundo anda se amando e amando o planeta e tudo mais... não faz diferença alguma então... falarei sobre feelings e não sentimentos. Falarei sobre o nós em nós mesmos, ou nossos nós, ou sobre os nós que nos meteram, tentarei falar do coração, da covardia da vida quando vê a gente se virando, ninguém pra culpar é foda... não fomos nós os autores dessa trama e mesmo assim pagamos por ela muito mais do que podemos, muito mais do que temos, e tentamos ao máximo nos adaptar, mas é tudo tão maior. É maior e mais covarde. Somos nós em nós mesmos no fim das contas, não nos bastamos, de forma alguma é o que eu quero passar aqui, mas somos nós que pegamos o trem sempre atrasados pro que já está adiantado tentando reverter o ponteiro e fazer ele girar ao nosso bel prazer... e quando temos o ponteiro nas mãos não sabemos o que fazer com ele, porque o problema não a no ponteiro e sim na mão molhada...
É uma sacanagem, te digo com todas as letras que tenho em mim, eu não merecia, você não merecia, ele não merecia. Ninguém merecia. É uma roda vida que não passa e que olhar pra trás é o mais doloroso e sacana, tá difícil, eu sei.
Tempos bons virão como já vieram e se foram, entenda e quando entender vê se me explica.
No final de cada fase, só me olha e me dá força pra continuar que eu juro tentar te refletir metade só do que você é pro mundo...
És tudo em si.



"Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber.
E a dor é menor do que parece
É impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano.
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço."



[ossevaoéedadrevaednoodnummu]
[omaetue]

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Luto Oficial

Farei uma postagem em tópicos: > Lula disse: "Não sei se alguém está me esperando para discutir negócio de CPI. Esse é um problema dos partidos." Não querido presidente, esperamos sua doce e "divina" presença em respeito pelos irmãos, seus, meus nossos, que morreram no domingo e o senhor se mantém em El Salvador. Esperamos o senhor qualquer horas dessas para ver se governa o país um pouco, de DENTRO dele, assim TALVEZ ( claro só uma hipótese), o snehor possa ter noção dos problemas reais do trabalhador brasileiro... AHHH não me esqueci, o snehor é do partido dos trabalhadores já deve saber tudinho... Viajar é mais importante mesmo. Não se importe! Realmente a CPI que em tese SERIA para encontrar a verdade e defender o patrimônio nacional, deve ser discutida mesmo entre partidos, porque assim, vira uma, mais uma na verdade, disputa de interesses baseada em quem ganhou mais, quem perdeu mais, em quem vai rodar e não na VERDADE... Mas nós o elegemos né!? Lembra!? O senhor falava em amor nacional, justiça, e blablabla... Quando der passa por aqui tá!?

> "Cuba é readimitida na Organização dos Estados Americanos e o EUA não se opõe..." Ah que bom que resolveram abrir o mapa mundi e ver que Cuba FICA na América[uhuuulll! valeeu time!], apesar dos EUA não gostarem muito da idéia[putzz é mesmo!] enquanto estavam bem das pernas, mas agora é outra história...então[Obama] abramamos uma caixa de charutos... CUBANOS!

> Complicado quando não encontram os corpos, ainda mais nesse caso que os corações dos entes amados já estariam, em tese, preparados para um breve afastamento ( viagem, etc), deve-se acordar no meio da noite como depois de um sonho ruim... com vontade de ligar pro protagonista do desastre imaginário e ver que está tudo bem, mas não dá. Ou uma certeza que no fim tudo vai ficar bem, " não... ainda tem chance...". Merda de esperança que dilacerará corações por mais um dia que seja, por mais dias... e depois dizem que o ser humano é fraco! Cada acordar deve estar sendo uma morte seguida de sucessivas mortes... O ser humano renasce, ressucita, renasceremos e ressucitaremos. Nos perdemos, na natureza nada se perde nada se cria tudo se transforma, e nem nos transformamos, somos invencíveis, somos a magia do mundo!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Vendo a lista não oficial dos passageiros do voo que sumiu nesse domingo, vemos as descrições feitas sobres as pessoas... Fulano de Tal administrador de Bulhufas, Ciclaninho regente de ... Fico pensando como é calculado o valor de uma pessoa... eita coisa mais brega pra se escrever... queria fugir desse assunto mas é o que realmente me vem a cabeça... Deviam descrever assim... Fulano de Tal, deixa tres corações e algumas mentes sozinhas... ou melhor que fossem contados como, 10 maridos, 5 pais, 20 mães, a perda é alucinante e não é hora de vermos a parte "administrativa" de suas estadias aqui, e sim lembrar de suas familias, seus amigos, suas músicas favoritas, seu pulover para o frio parisiense, os euros contados um a um para a realização desse sonho, o celular da namorada que não tocou, a torrezinha eiffel que não vai ser trazida para a melhor amiga, o amor do casal que estava em lua de mel, o filho deles que não vai mais nascer, a esperança de tudo se ajeitar num lugar diferente, o medo de avião minutos antes de entrar no voo que acabou com o abaixar das luzes e depois só foi relembrado momentos antes da partida para o outro lado.



e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.


e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.


e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.

e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.


e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.


e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.

e nos esquecemos a cor que tinha o céu assim, como a saudade ou uma frase perdida
durma medo meu.
janela madrugada luz tardia e o medo nos acorda, para e bate coração em pura disritimia
o medo amedronta o medo
vela madrugada dia.



...





[janelamadrugadaluztardiaomedonosacorda]

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Enchente dos olhos.

Postagem apenas de protesto, quando o Irã ativou uma ogiva nuclear mais que rapidamente, em tempo real os satélites americanos sabiam exatamente onde havia sido, a quantidade e etc. Quando você não paga a conta do seu celular, você é achado em qualquer lugar e perde o sinal do celular onde quer que vc esteja, então eles sabem onde você está. Quando o governo secreto americano está atrás de um terrorista, é possível que sigam seus passos, minuto a minuto, vide o filme " Rede de Mentiras" (não deve correr muito longe daquilo não).Quando um avião com centenas de pessoas SOME (?), é de se estranhar... Deixo aqui meu total pesar para com as vítimas e com os parentes das mesmas, me alucino só de imaginar essa dor... Mas que fique para os governantes... a saída para que não se percam mais aviões... (esse é o segundo caso que eu acompanho com meus poucos anos de vida) seria, colocar em cada avião, um homem-bombaatomica terrorista inadimplente?






[Luto para o que ainda não foi constatado é mal agouro Seu Sérgio Cabral!]

Freak Show

Não tem como não comentar a reportagem do Fantástico ontem, na verdade começa a ser indegustável ligar a televisão aos domingos A QUALQUER HORA DO DIA, antes reclamávamos de gugus e faustos que tentavam um interminante estupro mental de cada brasileiro que queria um pouco de diversão barata no seu domingo livre. Hoje venho lembrar o Fantástico de ontem que entre outras "atrações" nos presenteeou com uma belíssima reportagem sobre a venda de menores no estado do Pará. Fabuloso! Ninguém sabia de tais denuncias... Algo tão novo no Brasil não é mesmo? Com sua engendrada máquina jornalistica a rede Globo de televisão provavelmente conseguiu que a policia federal tenha prendido aquela pobre coitada que mal sabe o que são R$ 500,00, e sendo mais eficaz e "mágica" que qualquer tipo de propaganda publicitária, além de confirmar mais uma vez essa informação pela tão afamada Globo internacional para os paises que essa abrange, provavelmente deixou um recado para as outras mães paraenses mortas de fome e sem nenhum tipo de saneamento básico ou sem nenhum tipo de nada: Cobrem mais por suas filhas!


Mas não pensem que acabou... tivemos momentos menos empolgantes mas ainda sim, BRILHANTES!
A DERROTA DE SUSAN BOYLE {2 suspiros}, perae, isso sim é que é matéria no país do futebol, do carnaval, da cpi da petrobrás que ninguém entende (e nem precisam vai entender né, Paty Poeta!?), do Edmar, do castelo, dos problemas sociais.
Tivemos a oportunidade única de vermos a casa dela, fechada e sem ela, em alguma cidade (que mesmo segundos após a entrevista eu me lembrava qual era)e mais, com a apresentação bonita e esbelta de Zeca Camargo, também pudemos nos deleitar vendo a loja onde SUSAN BOYLE {suspiro}
compra presunto! FA-BU-LO-SO!
Para logo após tantas emoções, vermos sua derrota para um grupo de dança de crianças, tudo explicado pela doce voz do Zeca... Ela já tem um nome...!
(só esqueceram de avisar para ela, que hoje se encontra internada por desgaste emocional e fadiga)
{que pena... ela não merecia isso!}











[vítimas da gente]

domingo, 31 de maio de 2009

Madrasta Amada Brasil

>"A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão." "Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil."

Fragmentos tirados da redação premiada pela UNESCO, por Clarisse Zeitel Vianna Silva da Faculdade Federal do Rio de Janeiro.


Paralisada pela ignorância começo esse post me perguntando até onde vai a nossa ignorância. Rídicula frase eu sei, mas é uma reflexão um pouco complicada a partir do momento que a UNESCO, um órgão da ONU, premia um total descaso com a racionalidade e razoabilidade. Essa moça diz em seus escritos que não se sabe ser cidadão, não se aprendeu a ser cidadão, aí vai o primeiro grande problema dessa tão premiada ladainha, um cidadão brasileiro, em pleno gozo de sua faculdades mentais e "nacionais" colocaria perante o mundo que sua pátria não é mãe? Pergunto mais...Como ela teve essa definição de mãe, se todos somos frutos diretos ou não dessa tão ofendida "madrasta vil"? Se fosse assim... todos nós teriamos conceitos subversivos e não poderíamos jamais refletir sobre o que ela mesma refletiu em sua redação. Não quero aqui de forma alguma, pintar uma pátria perfeita, um governo quase paterno ou uma utopia brasileira, mas as cosias não são bem assim. Também não sou eu a dona da verdade nacional nem tão pouco defensora ferrenha desse governo por vezes, sim amoral. Mas acho que nós como brasileiros deviamos ver esse texto como um suspiro, sabe um breve suspiro de sim-nós-podemos-pensar, mas com certo receio de cairmos no estado comum de denunciarmos coisas que não vemos ou que vemos por meios de comunicações por vezes amorais tanto quanto os governos. Ela diz que se faz necessária uma reforma estrutural, mas acho que a mesma não sabe que a estrutura já está formada. O que temos é que fortalecer essa mãe/madrasta e trazer ela do ostracismo para que possamos assim a curar de seus possíveis defeitos. Somos nós essa mãe, somos nós também essa madrasta. Somos acolhidos e acolhedores. Somos invariavelmente parte dessa estrutura doente ou não, e cabe a nós mudá-la e não denunciá-la em um fórum internacional, onde nenhum dos ouvintes pode ou quer melhorar essa situação que é absolutamente nossa responsabilidade.

Resumindo, roupa suja se lava em casa. Pare de escrever para fora e venha aqui pra cozinha conversar com sua mãe. Quantas vezes você foi ao Congresso Nacional? Já pediu uma reunião com o Presidente de sua madrasta? Quantos peixes você já deu para quem morre de fome hoje e não tem como esperar a tal " reforma estrutural"? Já fez quantas passeatas contra uam decisão errada do governo? Já abriu quantos empregos? Fundou quantas escolas? Mas já fez uma redação.


Sejamos melhores filhos e assim melhoraremos nossa mãe.




[Pátria amada Brasil.]


sábado, 30 de maio de 2009

Repinholandia

Até onde vai nossa infância? Quando nós deixamos de brincar com brinquedos para brincarmos com nossos corações? Onde é o ponto que nós perdemos o ponto? Resolvemos crescer e esquecer de tudo que era simples e tão maravilhoso...? Sei lá deve ser o adiantado da hora ou mesmo uma conversa a mais com velhos amigos ou uma canção ou a presença ausente da minha infancia na minha irmã, mas essa confusão me pega as vezes desprevinida e meio que assuta. O que será daqui pra frente se o agora já me traz saudade do antes? E ainda tem quem diga que a juventude é uma dádiva (rs) é nada! Temos saudade do que foi e do que ainda nem foi por não sabermos como será, por não termos controle de nada, ou pelo menos acharmos isso. Não reclamo de forma alguma do meu estado atual, é fabuloso, mas é tão diferente, é tão sem-o-que-era e ao mesmo tempo tão quero-ver-no-que-vai-dar. Vivemos num vulcão em plena erupção e sentimos a falta da brisa de quando a gente corria brincando de pique-pega. Rowbites está aqui um escrito para você, terão ainda muitos, talvez não aqui, mas com o avançar da idade você será o que me fará lembrar dos nossos castelos encantados, empresas multimilionárias, e tudoquehádebom!






[rosaefernandaparasempre]

001 eu acho...

Sempre estranho começar algo, ainda mais do nada, e sem a garantia de que irá para frente(rs)!
Mas a vida é toda assim, cheia de nãogaratias e de indefinições que eu queria de verdade resolver com um simples [clique aqui para apagar o blog], a internet é cheia disso né? Clique para formatar, clique para começar, clique para achar, clique para inscrever, clique para viver (the sims, etc). Mas não, a danada, cisma de ser improgramável, inalterável e ao mesmo tempo indefinível, e quando percebemos estamos lembrando com saudade de nossas improgramações, de nossos desfechos impensados e atos alterados, que fazem dela uma big explosão de sentimentos e de cores dentro da gente. Quem me dera [c l i c a r]...







"...your girl is lovely, Hubble!"


Bem menos complicado!


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(rs)