segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Minha solidão é meu chacal, minha tortura e minha paixão. Paro e a olho nos olhos, estáticos, dois cristais.
A luz da minha consciência reflete e brilha, é impressionante as cores que saem dali... minhas dores em tons de azul, meus amores em carmim, recordações em amarelo, ânsias furta-cor... mas evidentemente tudo cintila. Vejo os brilhos que brilham ainda mais se misturados às minhas lágrimas. Brinco de princesa, não tem ninguém aqui. Meu castelo multicolorido, tão meu. As cores todas colocadas por mim e pela minha história, meu passado, presente e futuro, tudo se mistura agora.
Não há descompasso, a trilha sonora do meu conto de fadas são meus soluços, se todos pudessem me ver agora... Sou princesa, sou rainha, sou menina, sou quem eu quero ser, meu castelo, minhas cores, minha música.
   Depois de muito brincar, o silêncio me cala. A aspereza daqueles cristais são mortais, o gosto de sal chega a minha boca como um veneno, aqueles olhos tudo salgam. Quero colo, preciso chorar, preciso gritar, preciso não estar lá, é um calabouço.
Socorro! Fogo! Por favor, me escutem! É um grito de uma desesperada... dores, amores... tudo me corta.

Entro em pânico, não sinto meu rosto, minha respiração descompassa, meus olhos secam pelo pavor...

Alguém entra no quarto... estamos todos seguros outra vez.

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